Brasileiro diz que idéia do celular/flor é dele
SÃO PAULO - O designer Belmer Negrillo disse à
Folha de S. Paulo
neste final de semana que a idéia de um celular biodegradável com semente de
flor embutida, apresentada na semana passada por uma equipe da universidade britânica
de Warwick, pode ter sido copiada de sua dissertação de mestrado.
Negrillo, que é paulista e tem 29 anos, desenvolveu o estudo "Appetite
for Technology" ("Apetite para Tecnologia"), para o curso de
tecnologia aplicada ao design do Interaction Ivrea (instituto financiado pela
Telecom Italia que fica em Ivrea, norte da Itália) em 2002.
Segundo informou o designer à Folha, o trabalho que começou em
setembro de 2003 e foi defendido em junho último apresenta objetos como uma
luminária de pão e um CD de massa de macarrão - um dos capítulos, "Mobile.Seed,
a Proposal" ("Celular.Semente, uma Proposta") onde detalha o
projeto de um celular feito de um biopolímero (espécie de plástico biodegradável)
que contém em seu invólucro uma semente de flor. Como no projeto apresentado
pelos cientistas ingleses, também neste a semente fica protegida por uma janela
de plástico transparente, à vista do usuário.
Negrillo disse ao jornal que não registrou o projeto porque um pedido de
patente é extremamente caro na Itália. Do outro lado, o britânico Kerry
Kirwan, de Warnick, defendeu que a idéia do celular biodegradável surgiu em
janeiro de 2003. O cientista informou que a Universidade possui documentação
formal sobre o assunto, datada de janeiro de 2003, quando a equipe pediu
financiamento ao governo para o desenvolvimento do projeto.
A tese de Negrillo pode ser lida em www.interaction-ivrea.it/en/gallery/appetitefortechnology/index.asp.
A matéria da Folha deste sábado, que pode ser acessada por assinantes
do jornal ou do UOL, está aqui.
Veja também: Ingleses
inventam celular que vira flor
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