Celular
do futuro terá filmes, religião e até sexo
Mais cedo do que se imagina, a tecnologia
permitirá que uma pessoa possa ler seu livro
favorito, ver um jogo de futebol ao vivo,
assistir a filmes e programas da televisão em
seu telefone celular. Mais: a pessoa também
poderá ter amparo religioso e estímulo
sexual pelo aparelho móvel. É a revolução
dos celulares inteligentes, cada vez mais
presentes em cidades como Nova York ou
Helsinque - esta última, berço de empresas
como a Nokia, pioneira no desenvolvimento dos
"telefones inteligentes".
A
tecnologia dos celulares inteligentes ainda
está em desenvolvimento, mas os criadores de
conteúdo editorial e os que desenvolvem
aplicações já elaboram estratégias para
chegar a milhões de potenciais usuários.
Entre os mais bem-sucedidos destes aparelhos
está o Treo 650, da PalmOne, que combina, em
seu pequeno tamanho e por um preço mínimo de
US$ 500, serviços de telefonia, Internet e
e-mail, uma câmera e um reprodutor de música
digital.
Como
disse o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento
da Nokia, Tero Ojanpera, "a chave está
em injetar nele todo o poder de um computador
e de aparelhos portáteis através uma
interface de fácil programação". É o
caso da empresa wirelessink.com, com sede em
Nova York, criadora de produtos que permitirão
que as pessoas sem habilidades técnicas
publiquem com facilidade um site em questão
de minutos.
Um
relatório do IDC assinala que num futuro próximo
a aplicação mais popular para telefones
celulares será a recepção de e-mails. Nessa
mesma linha da leitura na telinha, a editora
nova-iorquina Simon & Schuster assegura
que, apesar de ainda não ter entrado no
mercado da "literatura móvel", está
prestando atenção ao desenvolvimento da
tecnologia que permitirá ler livros na
pequena tela do celular.
No
campo das comunicações audiovisuais, o
gigante britânico Vodafone associou-se à
empresa 20th Century Fox para criar uma série
de vídeos desenhados especialmente para
celulares. Em Atlanta (Geórgia), a produtora
de cinema independente Zoie Films apresenta
desde o dia 25 de dezembro o primeiro festival
no mundo para "filmes" feitos com
telefones celulares.
Nos
Estados Unidos, a maioria dos sites de
Internet não pode ser visualizada nas
pequenas telas dos celulares devido a seu rico
conteúdo gráfico. Para resolver isto,
algumas companhias estão criando portais
somente com texto, utilizando o "Wireless
Application Protocol" (WAP).
Religião
e sexo na telinha
O
desenvolvimento de conteúdo para telefones
celulares é um mercado "muito saudável,
que provavelmente alcançará US$ 500 milhões
de faturamento neste ano nos EUA, uma alta
considerável frente aos US$ 200 milhões
reportados em 2003", segundo o analista
de telefonia celular do Zelos Group, Seamus
Mcateer. Neste crescente mercado, entra até
mesmo a religião.
Empresas
como a LG Electronics fabricam celulares que
ajudam os muçulmanos em suas práticas diárias
ao indicar-lhes a direção de Meca. E,
enquanto o Vaticano já está testando um
serviço que oferece o "Pensamento do
Dia" do Papa via celular, a firma britânica
Universalis, que edita literatura católica,
fornece um serviço eclesiástico para
celulares durante as 24 horas do dia, sete
dias por semana.
Do
outro lado do espectro do uso do celular, pelo
menos três companhias já fazem a propaganda
de "aparelhos discretos" para
"enviar e receber prazer" ou serem
utilizados para o "prazer interativo ou
autocontrolado".
Um
deles, o VibraExciter, que pode ser utilizado
tanto conectado ao telefone celular como de
forma manual, responde com vibrações ao
receber uma chamada ou uma mensagem de texto.
Já Dial an Orgasm, no entanto, oferece
dois tipos de acessórios que se conectam ao
telefone celular, ambos para estimular os órgãos
sexuais, com formas que os imitam.
EFE
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