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Quadrilha online fez 200 vítimas
entre 2004 e 2005
SÃO PAULO - De acordo com a
Superintendência da Polícia Federal de Brasília, as quatro pessoas presas
ontem (16) pelo desvio de dinheiro via internet fizeram mais de 200 vítimas só
entre 2004 e 2005.
Boa parte delas, diz a PF, foi
ressarcida. Mas há suspeitas de que a quadrilha atuava desde 1999, contou o
delegado executivo da Superintendência da PF, Valmir Oliveira, à Agência
Brasil.
Cerca de cinco milhões de
reais em fraudes foram confirmados, mas o valor total pode chegar a 10 milhões.
A quadrilha desviou dinheiro da conta, da poupança ou de investimentos de
clientes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco no DF e
em Goiás, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
As investigações começaram
por causa do alto índice de reclamações dos clientes desses bancos. Foram
presos Renato Prata da Silva, apontado como o líder da quadrilha; Sérvio
Willhee Rodrigues Pontes e Custódio Jerônimo de Oliveira, que faziam o
levantamento de vítimas e os saques; e Amílquer Lemos dos Santos, ex-funcionário
da Caixa que atualmente trabalhava numa empresa de informática. Todos moram no
Distrito Federal e serão indiciados por formação de quadrilha, furto e
estelionato qualificado, violação de sigilo bancário, corrupção ativa e
passiva, lavagem de dinheiro e inserção de dados no sistema da administração
pública. "Eles serão recolhidos à carceragem da superintendência e estão
à disposição do juízo federal da 12º Vara responsável pela expedição dos
mandados de busca e prisão", disse o delegado à Agência.
Segundo a polícia, os acusados
possuíam bens acima da faixa normal para as atividades que exerciam - o líder,
por exemplo, se apresentou como um taxista com bens de alto valor como casa no
Park Way (bairro de classe média alta em Brasília), veículos e até embarcações.
Alguns imóveis e carros já foram apreendidos por determinação judicial; a PF
faz agora o levantamento dos demais bens e também investiga a participação de
pessoas que forneceram dados à quadrilha.
Renata Mesquita, do Plantão
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