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Cientista cria programa que
prevê resultado de cirurgias
MICHELLE ROBERTS
da BBC Brasil
Um cientista da Universidade da Stanford, no Reino Unido, criou um programa de
computador que pode ajudar cirurgiões a prever como o coração vai reagir a
uma operação antes de realizá-la.
Segundo Charles Taylor, com o uso de imagens dos vasos sangüíneos dos
pacientes e conhecimento sobre o fluxo do sangue, os médicos podem prever os
resultados prováveis de diferentes procedimentos cirúrgicos.
A idéia é que as previsões ajudem a salvar vidas e evitar que pacientes
passem por operações desnecessárias ou muito perigosas.
Segundo Taylor, a análise dos dados oferecidos pelo sistema deveria se tornar
um procedimento pré-cirúrgico, assim como outros exames.
Hoje em dia, um cirurgião pode pedir uma ressonância magnética ou uma
tomografia computadorizada para ter uma idéia da situação dos vasos
sangüíneos de uma pessoa e o que está acontecendo no corpo do paciente.
Mas os médicos precisam decidir, com base em sua experiência e conhecimento de
doenças e operações, se uma cirurgia ajudaria e quais seriam os possíveis
resultados.
"É preciso saber as respostas para as perguntas 'e se'?", diz Taylor.
"E se for melhor não operar? E se o paciente melhora com a operação, mas
uma cirurgia um pouco diferente tivesse melhores resultados?"
Ele afirma que se um cirurgião realiza uma operação na aorta para corrigir um
bloqueio, isso pode levar a outros problemas no corpo ou causar danos a algum
órgão.
O sistema de computador ajudaria os médicos a tentar outras opções e
descobrir problemas potenciais antes de operar o paciente.
"O objetivo é conseguir testar primeiro no computador. Se algo de errado
acontecer com o teste, isso não vai ser levado adiante no paciente", diz
ele.
Taylor usou dados de animais e pacientes antes e depois da cirurgia para testar
o modelo de computador. Ele disse que sua equipe está trabalhando com
cirurgiões em Stanford para reunir mais dados de pacientes que passam por
cirurgia nos vasos sangüíneos.
"Eu acredito que isso será parte de um tratamento padrão (no futuro).
Cirurgiões vão checar o computador antes de operar os pacientes", diz
ele.
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