Criadores de vírus criam nova tática para invadir micros

da BBC Brasil

Companhias de segurança em informática vêm detectando um aumento significativo no volume de ataques virtuais. Isso porque os criadores de vírus mudaram de tática e conseguiram, assim, causar infecções em um número maior de computadores.

Em vez de lançá-los em intervalos regulares, centenas de variações dos mesmos vírus chegam ao mesmo tempo ao mercado, em uma velocidade mais rápida do que as companhias de segurança conseguem detectá-los.

A tática vem dando resultado. As variantes do vírus Mytob, por exemplo, surgiram, simultaneamente, às centenas. Com isso, o vírus conseguiu 14 posições da lista da empresa de segurança Sophos com as 20 pragas mais perigosas.

Em casa

O volume maior de variações de códigos maliciosos tornaria mais precária a proteção oferecida pelos exames normais realizados por antivírus.

"Se você tem de combater muitas pragas e dispõe de um número limitado de recursos, você deve eleger quais vai priorizar", diz James Kay, diretor de tecnologia da empresa de segurança Blackspider.

Isso significa que a proteção contra vírus menores pode demorar mais para estar disponível. Com isso, eles conseguem infectar um número bem maior de máquinas.

O tempo médio que as companhias antivírus levam para criar respostas para novas pragas é de dez horas. Alguns pesquisadores dizem que as epidemias praticamente desapareceriam se este tempo fosse reduzido para cerca de três horas.

Um estudo feito pela empresa de segurança informática Checkbridge revelou que programas que realizam exames em busca de vírus deixam de filtrar até um terço das pragas anexadas em e-mails, em certos dias. Nos dias de maior eficiência a porcentagem sobe para 97%.

Graham Cluley, consultor de tecnologia da Sophos, diz que poucas empresas anti-vírus confiam apenas nos exames normais para sua segurança. "Antivírus não significa apenas descobrir pragas conhecidas. Usamos um sistema que prevê como vão ser suas variantes", diz ele.

Outras regras simples poderiam ser adotadas para aumentar a proteção, diz ele, como configurar os programas de e-mail para que eles recusem mensagens que contenham arquivos de programas.

De qualquer forma, diz Cluley, os mais afetados com esta mudança de tática devem ser os usuários residenciais, que não dispõe da mesma proteção do que as empresas.


 
 
 

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