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Epilepsia:
saiba mais sobre a síndrome
No filme Hora de Voltar, Pam, personagem vivido pela atriz Natalie
Portman, sofre de epilepsia. Portadora da síndrome desde criança, Pam
tenta levar uma vida normal. Esbarra, porém, na discriminação -
cultivada pela crendice popular. Por muito tempo, os ataques convulsivos -
sintoma clássico do transtorno - foram confundidos com distúrbios psíquicos
e até mesmo com "manifestações de espíritos diábolicos".
O desconhecimento
perpetuou o preconceito também na vida real, mas a epilepsia é bem mais
freqüente e comum do que podemos imaginar. Segundo a OMS (Organização
Mundial da Saúde), cerca de 100 milhões de pessoas ainda experimentarão
alguma crise epilética até sua morte. Em termos percentuais, estima-se
que duas em cada 100 pessoas são epiléticas.
Mas afinal, o que é a
epilepsia?
Ao contrário do que se
pensa, epilepsia não é uma doença. Descoberta em 1873 por um
neurologista inglês chamado Jackson, trata-se de uma síndrome
desencandeada por um transtorno neurológico provocado por um aumento
descontrolado da atividade elétrica no cérebro. É esta disfunção que
causa as chamadas crises epiléticas, comumente representadas por ataques
convulsivos, nos quais o paciente, sem consciência, cai e começa a se
debater em movimentos rítmicos e repetitivos.
O diagnóstico clínico
de epilepsia é simples, porém, só é feito se houver a recorrência
espontânea dessas crises. A condição é posta porque muitos ataques
epiléticos podem ser precipitados pelo uso de drogas e de álcool, ou
serem até sintomas de outra doenças. E aí a falta de informação é
mais uma vez um inimigo.
"Epilepsia não tem
uma só causa específica. São várias as causas que podem levar à
recorrência das crises em uma pessoa. Na população infantil, a febre é
uma delas, para dar um exemplo. Crianças com febre podem ter a convulsão
febril, que não é característico da epilepsia", explica o
professor de neurologia da Unicamp, Li Li Min.
Redação
Terra
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