Lançado canal onde espectador faz a programação
 


O ex-vice presidente dos Estados Unidos, Al Gore, lançou sua muito aguardada rede de TV a cabo, Current TV, esta semana, com programas curtos e de ritmo ágil, conhecidos como "pods," voltados a telespectadores entre os 18 e os 34 anos, acostumados com a Internet. A estréia da Current, que atinge milhões de domicílios em todo o país, surgiu mais de um ano depois que Gore tomou a liderança de um grupo de investidores na aquisição do canal de cabo Newsworld International, por quantia não revelada, junto à Vivendi Universal.

Descrita por Gore como uma estação de TV que encoraja a "conversação bilateral" com sua audiência, a rede oferece segmentos produzidos profissionalmente e vídeos criados pelos telespectadores, com durações que vão de alguns segundos a 15 minutos. Os organizadores dizem que cerca de 25% dos "pods" de programação da Current ¿termo tomado de empréstimo ao player digital de música iPod, da Apple Computer ¿, consistem de material produzido pelos espectadores, e classificado como conteúdo contribuído pelo telespectador, ou "VC Squared."

As contribuições iniciais incluem material sobre pessoas que procuram emoção saltando de penhascos com pára-quedas e o papel que o sexo e as drogas exercem na vida privada dos iranianos. A rede também tem segmentos sobre moda, encontros, viagens, entretenimento e notícias, ancorados a cada meia hora por um boletim curto destacando as tendências do momento.

Durante seu primeiro dia no ar, a rede exibiu diversas peças promocionais dirigidas aos jovens adultos, que constituem o segmento básico de consumidores de videogames e outras formas de mídia digital, e se mostram cada vez mais avessos à mídia eletrônica tradicional, tanto aberta quanto de cabo. "Se você um dia já pensou que 'a televisão é muito ruim...' ou 'eu faria um programa melhor do que esse', veio ao lugar certo", disse a apresentadora Shauntay Hilton aos telespectadores.

Em reunião com críticos de televisão no mês passado, Gore, 67, afirmou que a Current estava "abrindo as portas a uma nova geração que tem sob seu comando o poder de ferramentas digitais ¿câmeras boas e baratas, sistemas de edição¿ e pode fazer televisão de verdade."
 
Reuters

 
 
 

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