Croácia corre para chegar ao mundo da Internet

Quando Koraljka Brnic solicitou conexão de banda larga com a Internet, em maio, logo descobriu que o ambicioso projeto nacional croata "e-Croatia" apresentava uma série de problemas de desenvolvimento. Brnic, que dirige uma pequena consultoria, considerava que uma conexão ADSL de banda larga e tarifa fixa era uma ferramenta essencial de negócios que deveria ser vista como "padrão para o mundo moderno". Mas as coisas não transcorreram de maneira tão simples.

Os atendentes na operadora nacional de telefonia, T-HT, disseram que o número de pedidos era grande demais ¿ provavelmente devido à agressiva campanha de marketing da empresa oferecendo conexões ADSL "mais baratas que nunca" com a Internet ¿, e que ela precisava primeiro cancelar seu contrato antigo com o provedor. "Cancelaram meu nome de usuário e senha, e não instalaram o ADSL. Enquanto isso, eu não posso trabalhar. O projeto e-Croatia tem lá seus problemas", disse a empresária, de 27 anos.

Enquanto se esforça por conseguir aprovação de sua admissão à União Européia, o governo croata pretende ampliar o acesso de alta velocidade à Internet, bem como implementar sua versão do projeto "e-government," da União Européia, para oferecer tecnologia da informação na administração pública.

"O objetivo é ampliar a banda larga a todo o país, com apoio de financiamento do Estado, conectar toda a administração pública em banda larga e tornar todos os serviços disponíveis online", disse Miroslav Kovacic, que comanda o Central Office for e-Croatia, uma agência governamental.

"Começamos tarde, mas ainda estamos em situação melhor do que a da maioria dos países que aderiram à União Européia no ano passado. Acredito que possamos atingir o nível da União Européia no momento de nossa adesão", disse. O país espera iniciar negociações de adesão ao bloco de países europeus este ano, e ingressar na organização em 2009 ou 2010.

A idéia é que, por volta de 2010, todos os croatas possam se conectar, preencher formulários ou responder questionários oficiais e enviá-los às instituições do governo online, sem sair de casa. Hoje, eles muitas vezes enfrentam horas nas filas das agências estatais.
 
Reuters

 
 
 

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