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Suicídios levam polícia a fiscalizar cybercafés no Japão
da Folha Online
Autoridades japonesas afirmaram que vão aumentar a fiscalização em
cybercafés.
Os motivos são uma onda de suicídios coletivos combinados via internet e também
a descoberta de um assassino que contava com a ajuda da web para matar.
A polícia local decidiu fiscalizar esses estabelecimentos com mais freqüência,
e autoridades propõem a criação de sites de ajuda para esses internautas.
Além disso, os proprietários de cybercafés terão de registrar todos os usuários,
com seus nomes verdadeiros, antes de liberar o acesso às máquinas. A idéia é
aumentar o controle sobre aqueles que usam a web nesses espaços públicos.
A decisão não agradou a todos. "Não é a medida mais eficaz, já que
existem muitas maneiras de enfrentar o problema. Não podemos nos transformar
também em policiais", disse um porta-voz da Associação dos Cybercafés
de Tóquio.
Mortes
Nesta quarta-feira, autoridades confirmaram ter prendido um assassino que
encontrava suas vítimas na web --mais precisamente em grupos de discussão freqüentados
por pessoas que pensavam em se matar. Para isso, o acusado usava computadores de
cybercafés.
Hiroshi Maeue, 36, matou uma mulher de 25 anos com quem se comunicava por
e-mail. Os policiais só chegaram ao assassino graças a uma mensagem eletrônica
que a vítima não havia apagado de seu computador.
Maeue se passava por um aspirante a suicida e, dessa maneira, atraía vítimas
que também pensavam em se matar. "Provei mais de uma vez o gosto de matar,
fazendo isso com quem queria a morte", disse o acusado, segundo a agência
Ansa.
Sem especificar a data dos assassinatos, a Ansa afirma que ele confessou ter
matado duas outras mulheres da mesma maneira.
Os suicídios coletivos combinados via internet são comuns no Japão --nos
primeiros três meses de 2005, houve 10 casos envolvendo 37 pessoas. Durante
2004 o país registrou 55 mortes desse tipo, enquanto em 2003 foram 34 mortos.
Com agências internacionais
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