FILADÉLFIA - Agora, as pessoas viciadas em e-mail dispõem de um
programa de 12 estágios cujo objetivo é combater essa obsessão.
Uma profissional de treinamento de executivos, na Filadélfia,
desenvolveu um plano para treinar as pessoas sobre como
administrar a ferramenta eletrônica, que segundo alguns usuários
pode representar perda de tempo muito grave, apesar de sua
rapidez e eficiência.
Desenvolvida para casos como o do golfista que verificava seu
BlackBerry depois de cada tacada e perdeu um cliente que não
queria estar envolvido em sua obsessão, o plano de Marsha Egan
trata da crescente preocupação quanto à possibilidade de que o
uso indevido do e-mail cause milhões de dólares em prejuízos
relacionados à perda de produtividade para as empresas.
"Existe uma crise entre as grandes empresas norte-americanas,
mas a maioria dos presidentes-executivos não sabe nada sobre
ela", disse Egan. "Eles ainda não perceberam o quanto esse
problema sai caro."
Uma das clientes de Egan não consegue passar por um
computador --seu ou de outra pessoa-- sem verificar se recebeu
mensagens. Outros usuários não tiram férias em lugares onde não
haja conexão de e-mail. Algumas pessoas que estão à espera de
e-mails enviam mensagens aos seus próprios endereços para
verificar se o serviço está funcionando quando passam alguns
minutos sem mensagens, disse Egan.
O primeiro dos 12 estágios proposto por ela é "admitir que o
e-mail está conduzindo sua vida, e abandonar a compulsão de
verificar mensagens a cada 10 minutos".
Outros passos incluem "assumir o compromisso de manter a
caixa de recepção vazia", "estabelecer horários regulares para
verificar e-mail" e "responder imediatamente a quaisquer
mensagens que possam ser retribuídas em dois minutos, mas criar
uma pasta separada para aquelas que exigem tempo de resposta
maior".
Egan diz que não conduz reuniões entre pessoas que participam
de seu programa, mas está planejando realizar uma
teleconferência mensal para os "viciados em e-mail anônimos".