China produz 120 milhões de audiovisuais piratas por ano

da Efe, em Pequim

A Administração Geral de Imprensa e Publicações da China reconheceu hoje que o país produz a cada ano cerca de 120 milhões de produtos audiovisuais "piratas". Segundo a instituição, a situação ainda é pior no setor editorial, com cópias ilegais de 500 milhões de livros por ano.

"O mercado audiovisual está sofrendo perdas anuais de bilhões de iuanes, enquanto a pirataria de livros deixa editores e distribuidores numa posição muito desfavorável", destacou o subdiretor da instituição, Liu Binjie.

A pirataria de livros é maior em quantidade, mas a China é mais criticada no exterior, principalmente nos Estados Unidos e União Européia, pela falta de "rigidez" no controle do setor audiovisual, que causa perdas milionárias à indústria cinematográfica de Hollywood e às multinacionais fonográficas, entre outras.

"A pirataria crescente de produtos de áudio, vídeo e livros afeta gravemente a reputação internacional da China", admitiu Liu. No entanto, ele afirmou que as iniciativas chinesas, com detenções e destruição em massa de cópias ilegais, também começam a ter repercussão positiva.

A pirataria na economia chinesa, líder mundial na prática ilegal ao lado da Rússia, se estende ao uso ilegal de direitos de propriedade intelectual por meio da internet.

As multinacionais estimam em US$ 2,7 bilhões o prejuízo anual com a pirataria chinesa, segundo um estudo elaborado no ano passado pela Motion Picture Association of America, entidade que reúne as produtoras de Hollywood.

Mais de 90% dos filmes e discos vendidos no mercado chinês são cópias ilegais, normalmente de tão boa qualidade que é difícil diferenciar das autênticas, a não ser pelo preço.

 

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