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Google aumenta confidencialidade das buscas para proteger
usuário
da Efe, em San Francisco (EUA)
O Google planeja adotar uma nova política de retenção de dados,
que tornará mais difícil relacionar os usuários aos termos de
suas buscas. O plano prevê reter durante menos tempo as
informações sobre as buscas feitas por seus usuários, uma
informação que poderia ser usada em investigações judiciais ou
para vender produtos, entre outros.
O site de buscas, que até agora mantinha esses dados
indefinidamente, eliminará de seus servidores as informações que
possam servir para identificar seus usuários cada 18 a 24 meses.
No entanto, as autoridades judiciais poderiam rever as bases de
dados antes que aconteça essa eliminação, ou forçar a companhia
a guardar dados após este período de tempo.
Trata-se da primeira vez que o Google afirma publicamente quanto
tempo guarda uma informação muito valiosa, já que revela os
hábitos on-line de milhões de pessoas no mundo todo.
Assim, o Google cumprirá uma proposta de lei dos EUA e a
legislação de outros países que estipula que os sites terão que
manter informações sobre seus usuários durante dois anos, no
máximo, caso seja preciso para investigações judiciais.
Polêmica
A retenção da informação dos usuários veio a debate no início do
ano passado, quando o Departamento de Justiça dos EUA pediu que
Google, Microsoft, Yahoo e América Online (AOL) entregassem
bases de dados com milhões de registros das buscas feitas por
seus usuários.
A Google foi a única empresa a negar-se a cumprir uma ordem que
representava revelar quais foram os termos de busca de uma
amostra ao acaso de 1 milhão de endereços de internet, assim
como 1 milhão de buscas ao longo de uma semana.
O pedido do Departamento de Justiça fazia parte das tentativas
de defender o Child On-line Protection Act, iniciativa para
penalizar os operadores de páginas de internet que permitem que
as crianças tenham acesso à pornografia.
Grupos de privacidade on-line como o Centro para a Democracia e
a Tecnologia e a Fundação Fronteiras Eletrônicas disseram que a
Google deu um passo na direção adequada, mas afirmaram que
poderia fazer algo semelhante com a informação que recolhe em
outros produtos, como o popular site de vídeos YouTube.
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