Brasília
Pesquisa aponta que acesso à
internet teve expansão de 39% ao longo
de 2006. Os pontos de inclusão digital (PID)
no país cresceram nos últimos anos, de
acordo com pesquisa do Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e
Tecnologia (Ibict).
Atualmente, são 16.722 PIDs. Segundo
pesquisa da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco), em 2005, existiam no
país cerca de 12 mil pontos. Os PDIs são locais de acesso público
gratuito à internet, como telecentros e
salas de informática.
Os dados levantados são da primeira
fase do projeto que deu origem ao Mapa
de Inclusão Digital. O mapa identificou
cerca de 108 iniciativas de inclusão
digital em cerca de três mil municípios
onde foram encontrados os 16.722 PIDs.
As iniciativas são dos governos
federal, estaduais e municipaisl e
terceiro setor. A maioria dos programas
encontrados, 43, é de iniciativa do
terceiro setor, porém, é o governo
federal quem financia cerca de 60% dos
PIDs.
Os dados que mapearam as ações de
inclusão social no país agora serão
verificados na segunda fase da pesquisa
e auxiliarão na formulação de ações que
melhorem o acesso das pessoas a
tecnologia, disse o diretor do Ibict,
Emir Suaiden.
“Faremos agora a verificação das
instituições localizadas para ver o que
existe, o número de computadores, o que
funciona, o acesso à internet e assim
ter metodologias de indicadores de
impacto, e se os telecentros estão
provocando melhoria da qualidade da
educação e do acesso a informação”,
informou Suaiden.
O resultado da pesquisa mostra que
Roraima é o estado com menor número de
PIDs, apenas 48. E São Paulo lidera a
lista, com mais de 2.500 pontos.
Pernambuco é o segundo estado em número
de PIDs. O bom resultado ocorre devido
ao Programa Computador na Escola, que
desde 2001 leva às unidades estaduais de
ensino laboratórios de informática e
investe em capacitação.
Quando os dados focalizam as regiões,
a Sudeste sai na frente, com 38% dos
PIDs, acompanhada de perto pelo
Nordeste, com 35%. No fim da lista estão
as regiões Norte (8%) e Centro-Oeste
(7%).
A coordenadora geral de Pesquisa e
Desenvolvimento de Novos Produtos do
Ibict, Cecília Leite, afirmou que, para
promover a inclusão digital no no país,
é preciso mais que distribuição de
equipamentos. “O mais importante é ir
além da distribuição dos equipamentos -
hoje já se tem consciência de que é
preciso ter conteúdo, capacitação,
acompanhamento e avaliação de
resultados”, disse.
Hoje (3) o Ibict, que é vinculado ao
Ministério de Ciência e Tecnologia,
realizou um seminário para discutir os
desafios e perspectivas da inclusão
digital no país.