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Internet
de bolso ainda é lenta e problemática
Paula Leite
da Folha de S.Paulo
Por mais que a facilidade de usar a internet no celular tenha
aumentado nos últimos anos, com a chegada de redes de velocidade maior e
melhorias no software dos telefones, o usuário ainda encontra muitos problemas.
Quem está acostumado com a banda larga em casa ou no trabalho
precisa se preparar para velocidades muito menores no celular.
Sites considerados "normais" na internet de hoje, com fotos e
menus, demoram muito para carregar no celular, mesmo com uma conexão mais rápida
(GPRS ou Edge, no caso dos celulares GSM; 2G ou 3G, no caso dos CDMA), e ficam
bagunçados.
A bagunça acontece porque geralmente os menus laterais entram
primeiro, em uma lista, enquanto o conteúdo em si fica para baixo. Como a tela é
pequena, é preciso descer várias vezes para se chegar ao que se procura.
Por isso, é melhor sempre usar os sites feitos especialmente
para os celulares; muitos portais e páginas conhecidas têm essas versões.
A Wikipédia, por exemplo, tem versões para celulares, como a
Wapedia.mobi.
Interface
Outro problema que o usuário da internet no celular enfrenta é a
falta de padronização entre os diversos aparelhos e marcas.
Funções semelhantes têm nomes diversos, e as configurações
apresentam excesso de nomes técnicos, que dificultam a ação do usuário.
No celular Nokia 6111, por exemplo, o usuário que tentar mudar
as configurações de acesso à internet encontrará opções como Configurações de
pacote de dados e Editar ponto de acesso, muito difíceis de entender para o
usuário leigo.
Até celulares com uma mesma tecnologia, como o Java, a tratam de
modo distinto. No telefone Motorola V186, por exemplo, há algumas opções de
configurações do Java; no Nokia 6111, não há.
Enquanto no modelo da Nokia os aplicativos baixados da internet
e instalados no telefone ficam na pasta Aplicativos, no da Motorola eles ficam
dentro da pasta Jogos.
A falta de uniformidade entre os modelos de celulares,
principalmente os mais básicos, não dá sinais de melhorar.
No mundo dos smartphones, porém, já há três padrões mais comuns
nos aparelhos: o sistema operacional Symbian, de um consórcio que reúne Nokia,
Sony Ericsson e outras; o Windows Mobile, da Microsoft, e o Blackberry, da
Research in Motion.
A padronização tem a vantagem de, quando o usuário trocar seu
aparelho por um mais moderno, as funções continuarem semelhantes, o que não
acontece com os celulares comuns.
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