Máquinas podem ficar mais inteligentes que humanos
No centro de um buraco negro existe um
ponto chamado 'singularidade' onde as leis da física não fazem sentido.
De forma parecida, de acordo com futuistas, a tecnologia da informação
está chegando ao ponto onde máquinas serão mais inteligentes que
humanos.
Se tal fato acontecer, haverá uma alteração do que é inconcebível em
termos humanos, disseram os especialistas, que fizeram um encontro no
último sábado.
O encontro, chamado 'The Singularity Summit: AI and the Future of
Humanity', levou centenas de cientistas ao Vale do Silício, nos Estados
Unidos. Lá foram imaginados computadores autoprogramáveis e implantes
cerebrais que permitiriam a humanos pensar tão rápido quanto os
microprocessadores atuais.
Pesquisadores de inteligência artificial alertaram que agora é a hora
de desenvolver guias éticos para garantir que tais avanços ajudem ao
contrario de fazer mal. "O nosso mundo não será mais o mesmo", disse
Rodney Brooks, professor de robótica no MIT. Quanto aos computadores,
"quem somos nós e quem são eles será uma questão completamente
diferente", completa.
Eliezer Yudkowsky, co-fundador do Instituto de Singularidade de
Inteligência Artificial, em Palo Alto, e organizador do evento, pesquisa
o desenvolvimento da chamada 'inteligência artificial amigável'. Seu
grande medo é que inventores brilhantes criem uma inteligência
artificial que se desenvolva sozinha mas que não tenha moral e se torne
má.
Ray Kurzweil, empresário do ramo, escreveu em seu livro 'A
Singularidade Está Próxima' que a máquina se tornará mais inteligente
que o homem em 2029.
Com avanços na biotecnologia e tecnologia da informação, dizem os
especialistas que não existe razão científica para que o cérebro humano
não consiga aumentar sua velocidade um milhão de vezes.
Alguns críticos fazem graça dos singularista por causa de sua
obsessão com 'tecnosalvação' e o 'tecno-holocausto', chamando tudo de 'nerdocalipse'.
Outros dizem ser irresponsável ignorar a possibilidade de acontecer.
AP |