RIO - O ministro das Comunicações, Hélio
Costa, defendeu a redução nos custos e a
ampliação da infra-estrutura como forma
de aumentar o acesso à internet no
mundo.
Ele reconheceu que apesar dos
esforços que vêm sendo implementados
pelos governos e por empresas em todo o
mundo para reduzir o “hiato digital”,
ainda persistem as diferenças entre
países desenvolvidos e em
desenvolvimento, entre ricos e pobres.
Ao discursar no segundo dia do 2º
Fórum para a Governança da Internet, que
acontece no Rio de Janeiro até
quinta-feira (15), o ministro disse que
uma alternativa para reverter essa
situação seria estimular a
competitividade para a universalização
do acesso à internet.
“Num cenário em que o setor de
telecomunicações é de responsabilidade
de operadores privados, além de
mecanismos contratuais que os obriguem a
alcançar índices de universalização dos
serviços, especialmente em banda larga,
é fundamental haver um ambiente de
competitividade ampla e justa para
garantir que o maior número de pessoas
sejam incluídas no mundo digital”,
defendeu.
Hélio Costa citou como exemplo bem
sucedido o programa brasileiro chamado
originalmente “PC Conectado”, que
consiste num pacote de serviços para
acesso à internet a preços baixos somado
à aquisição de equipamentos com custos
reduzidos.
Segundo o ministro, o PC Conectado
resultou em uma ampliação significativa
do número de brasileiros que utilizam a
rede mundial de computadores.
Atualmente, de acordo com Hélio Costa,
já existem 20 milhões de internautas
residenciais no país.
O ministro defendeu a redução dos
custos de interconexão internacional, os
quais, segundo ele, boa parte dos países
em desenvolvimento é obrigada a pagar.
“Esses custos têm se tornado cada vez
mais significativos à medida que o
tráfego de voz e de dados têm sido
realizados pela rede”, disse.