O cardápio do Habib´s

O CIO Geraldo Espírito Santo tira do forno os serviços de mapas e os smartphones.

Por ano, saem das 240 lojas do Habib’s, a maior rede de comida árabe do país, 650 milhões de esfirras e 30 milhões de quibes. Na área de TI, o cardápio do CIO paulista Geraldo do Espírito Santo, de 38 anos, é predominantemente móvel. Vendedores, auditores, diretores e franqueados estão aderindo aos smartphones, para consultar e inserir informações em tempo real. O serviço de mapas Apontador, por sua vez, vem sendo usado não apenas para traçar rotas mas também para calcular reembolsos de combustíveis e pedágios dos funcionários. Veja o que o CIO, que há nove meses comanda a TI do Habib’s, contou à INFO.

INFO - Que tarefas são monitoradas por meio dos smartphones?
Espírito Santo - Como a maioria das 240 lojas é franqueada, precisamos ter um controle eficaz de quem é quem, quantos funcionários trabalham em cada loja, se há delivery ou drive thru. Os visitadores, como chamamos os profissionais que checam esses dados nas unidades, faziam relatórios em papel que depois eram repassados à administração. Agora, estamos implantando smartphones com Windows Mobile para que eles possam transmitir as informações em tempo real, o que torna mais ágil a tomada de decisões da administração.

O que é possível checar nesse sistema?
Dá para fazer um check list de itens que não estão de acordo com as regras ou verificar se é necessária alguma ação em cada loja. Via workflow, o sistema passa as informações inseridas pelo visitador para uma central. Pode ser uma lâmpada que precisa ser trocada, um banheiro que necessita de reforma ou um estoque em baixa. No smartphone, o visitador gera um chamado para que o serviço seja executado, e o lojista tem um prazo para cumpri-lo.

O serviço de mapas Apontador atende a esses visitadores?
Exato. Usamos o Apontador, da Webraska, como base para o pessoal de apoio na rua. Os visitadores fazem um roteiro de várias lojas por dia. O Apontador traça a rota mais curta para que possamos economizar tempo e combustível. Por meio do sistema, também podemos fazer o acerto de contas com cada profissional, como gastos com gasolina, pedágio e estacionamento.

Os executivos da rede também acessam os dados remotamente?
Sim, estamos desenvolvendo para ainda este ano um sistema para os diretores. Eles poderão acessar dados como faturamento, número de clientes que estão em cada loja, volume de vendas e metas de qualquer lugar onde haja cobertura celular. O software está em desenvolvimento interno e usa conceitos de business intelligence.

Qual é o sistema usado pelos garçons das lojas?
Há cerca de quatro anos, eles contam com o Garçom Eletrônico, desenvolvido para o Habib’s pela empresa Pekus. Nas 240 lojas, são 1 200 equipamentos, entre modelos iPAQ, da HP, e Tungsten, da Palm. O garçom digita o pedido e automaticamente ele vai, por Wi-Fi, para uma impressora na cozinha.

Por que o Habib’s resolveu focar os chamados do delivery numa única central de atendimento?
Não deu certo cada loja fazer seu próprio delivery porque não havia um padrão. Criamos o serviço 28 Minutos. Se cliente não receber a entrega nesse período, não paga nada. Concentramos no banco de dados DB2 os cadastros de todos os clientes já atendidos. O sistema é automatizado: quando o consumidor liga para a central, o pedido é registrado e tem 30 segundos para ser encaminhado à loja mais próxima. O tempo é controlado pelo software DL Plus, desenvolvido internamente em Java em parceria com a Plusoft. Os funcionários têm até 15 minutos para liberar o pedido para o motoqueiro. Hoje, apenas 0,03% dos pedidos não chegam em 28 minutos.

Como será a reformulação dos sistemas de TI?
Temos doze sistemas que controlam todas operações de informática da rede. Porém, são muito antigos e precisam ser reformulados. Já demos início a esse processo e devemos terminar até 2008. A idéia não é trocar nenhuma solução nem comprar ferramentas do mercado. São tecnologias sob medida e quase não usamos nada do mercado. Vamos modernizar o que está instalado. Esses sistemas atendem às centrais de produção, escritórios, fornecedores, contas a receber, entre outros.

As lojas terão Wi-Fi para os consumidores?
Hoje temos Wi-Fi em todas as unidades, mas o acesso sem fio está bloqueado para os clientes. Existe um projeto para o fim deste ano e início de 2008 de oferecer acesso também para os consumidores. Já temos a infra-estrutura, agora é só uma questão de acertar os ponteiros.

Cibele Gandolpho, edição de outubro de 2007

 

Arquivo noticias>> clic

mais noticias do mês... clic

      


E-mail

Copyright© 1996/2007 -  ANO11 -  Netmarket  Internet  Brasil -   Todos os direitos reservados

Home