ORLANDO - O Google está testando um
banco de dados online no qual indivíduos
podem armazenar e obter acesso a suas
fichas médicas.
Na semana passada, o Google anunciou
que estava formando uma parceria com a
Cleveland Clinic, um importante centro
médico acadêmico, para testar um sistema
de intercâmbio de dados médicos que, de
acordo com o Google, entregará aos
pacientes o controle sobre suas fichas
médicas.
O sistema eletrônico permite que os
pacientes controlem seus dados médicos e
interajam com múltiplo médicos,
prestadores de serviço de saúde e
farmácias.
O Google afirmou que outros possíveis
parceiros incluem a operadora de planos
de saúde Aetna, o grupo de testes
médicos Quest Diagnostics, as redes de
drogarias Walgreens e Wal-Mart e
hospitais.
Eric Schmit, presidente-executivo do
Google, em discurso à Healthcare
Information and Management Systems
Society Conference, em Orlando, Flórida,
descreveu um serviço de informações
seguras no qual os consumidores poderiam
armazenar seus dados de saúde por meio
de um sistema via Web, em servidores
operados pelo Google.
O acesso a registros médicos
requereria um login e senha, ele
afirmou. A privacidade é um dos
princípios dominantes do sistema,
acrescentou Schmidt.
"A informação nas fichas médicas
pertence aos pacientes, e não será
divulgada a terceiros sem a autorização
deles", afirmou. Perguntado se o sistema
propiciaria lucros ao Google, Schmidt
respondeu que "não em curto prazo."
O Google ganha dinheiro ao vender
publicidade nos serviços de Web muito
populares que a empresa oferece. Mas não
veicula publicidade em outros de seus
serviços, como o Google News.
A empresa se beneficiará
indiretamente de seu serviço de fichas
médicas ao encorajar os consumidores a
procurar mais informações médicas.
"Muitas buscas que são feitas em
nosso sistema se referem a questões de
saúde e nós estamos tendo sucesso quanto
a isso", disse Schmidt.