SÃO PAULO - Para libertar três crackers,
juiz do Rio Grande do Norte exige a
leitura de clássicos da literatura.
A Justiça Federal do Rio Grande do
Norte (2ª vara) decidiu conceder
liberdade provisória a três crackers
presos no final de 2007 durante uma
operação da Polícia Federal.
Os acusados, com idades de 22, 23 e
30 anos, foram presos em agosto de 2007,
após a polícia denunciá-los como
envolvidos em uma série de roubos de
senhas e fraudes eletrônicas.
No dia 17 de abril, o juiz Mário de
Azevedo Jambo decidiu acatar pedido de
liberdade provisória para os jovens, sob
o argumento da defesa de que possuem
residência fixa e são acusados de crimes
sem violência física.
Para libertá-los, no entanto, o juiz
apresentou uma lista com 12 exigências,
entre elas que os jovens voltem a
estudar, não freqüentem LAN houses ou
salas de bate-papo e voltem para casa
sempre antes das 20 horas.
Entre as exigências do juiz está a
determinação de que os jovens leiam
clássicos da literatura brasileira e
apresentem resumos, a cada dois meses, à
Justiça.
Inicialmente, o juiz mandou os jovens
lerem e resumirem as obras Vidas Secas,
de Graciliano Ramos, e Sagarana, de João
Guimarães Rosa.
Para evitar que os jovens burlem a
regra e apresentem cópias, terão que
fazer os resumos de próprio punho.