Vivo prevê fim do CDMA em até 3 anos

SÃO PAULO - A Vivo estima que em até 3 anos 100% de seus clientes já tenham migrado para a tecnologia GSM.

A companhia, única que mantém uma rede CDMA no país, implantou uma rede GSM sobreposta à anterior no final de 2006 e, desde o início de 2007, passou a vender celulares nos dois padrões.

A preferência dos clientes, no entanto, fez com que a Vivo fosse abandonando as vendas dos modelos CDMA, que hoje já não são comprados dos fabricantes de aparelhos.

"Hoje mais de 42 por cento do parque já está em GSM", informou Roberto Lima, presidente da Vivo, em encontro com a imprensa nesta quarta-feira.

O número equivale a 14,4 milhões dos 34,32 milhões de assinantes que a operadora tinha em 31 de março. Desse total, a companhia afirma que metade é formada por clientes novos e a outra metade corresponde a assinantes CDMA que mudaram de padrão.

Além de algo como 19 milhões de usuários que ainda estão no padrão CDMA, a companhia também tem 600 mil clientes no antigo padrão TDMA, que já não é vendido há quatro anos.

"Em nenhum momento forçamos a migração de clientes, mas é que a troca de aparelhos está cada vez mais rápida e, quando vai substituir, o cliente prefere um modelo GSM", explicou Lima.

Segundo ele, a Vivo "poderia optar por se livrar dessa rede, mas é uma rede que vale ouro, funciona perfeitamente". Por isso, hoje ela continua senso usada para a transmissão de dados em notebooks (já que a Vivo ainda vende as placas de conexão) e no futuro poderá ser transformada em algum padrão de terceira geração.

"Pode ser que ela se torne uma rede HSPA, ainda não fizemos esse estudo", disse ele, referindo-se ao padrão de transmissão de dados de terceira geração do GSM.

ESTRÉIA EM 3G

A Vivo começou a vender placas de conexão no padrão de terceira geração do CDMA (o EVDO) no final de 2004 e, por isso, preferiu não revelar quando iniciará a oferta dos celulares nas faixas de freqüência adquiridas nos leilões de dezembro passado, cujos contratos foram assinados nesta terça-feira.

"Temos um padrão estabelecido com o EVDO e não podemos fazer pior que isso", disse o presidente.

Por isso, ele informou que a companhia só lançará a nova oferta "na hora em que tivermos a rede testada ao extremo". Ele limitou-se a dizer que isso acontecerá "em 2008".

A companhia tem hoje 400 mil usuários das placas EVDO.

Reuters

 

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