CARLSBAD -Para Jerry Yang, CEO do Yahoo!,
Microsoft não parece mais interessada em
fusão total.
Jerry Yang, presidente-executivo do
Yahoo afirmou que um possível acordo
entre sua empresa e a Microsoft tem
tremendo potencial, mas que a gigante do
software já não parece interessada em
uma fusão plena.
Nos seus comentários públicos mais
extensos, até o momento, sobre a saga de
quatro meses das negociações para uma
possível fusão com a Microsoft, Yang
sinalizou que sua companhia continua
aberta a um possível negócio, mas que a
Microsoft havia descartado a
possibilidade de uma união, por
enquanto.
No começo do mês, a Microsoft retirou
sua proposta de adquirir o Yahoo por
47,5 bilhões de dólares, ou 33 dólares
por ação, depois que o Yahoo rejeitou a
oferta, afirmando que não aceitaria
menos de 37 dólares por ação.
"Nós não deixamos de lado a proposta.
Foi a Microsoft que o fez", disse Yang
em entrevista depois de uma palestra na
conferência D: All Things Digital. Ele
disse que acredita que uma combinação
com a Microsoft teria "um poder
tremendo".
Na metade de maio, as duas empresas
afirmaram que tinham iniciado discussões
sobre uma transação que chegaria a ser
uma fusão.
"A Microsoft já não tem interesse em
adquirir a empresa, e estamos discutindo
outras coisas. Definitivamente temos de
compreender o que eles estão propondo...
eles têm interesse no Yahoo, e
precisamos compreender melhor", disse
Yang.
Na semana passada, uma fonte que
conhece os termos da mais recente rodada
de discussões disse que a Microsoft
havia proposto adquirir os negócios de
busca do Yahoo, e uma participação
acionária minoritária na empresa, mas
que não havia chegado a reiniciar
negociações para uma união.
Como parte da transação, o Yahoo
venderia suas operações asiáticas, entre
as quais participações acionárias
significativas na Yahoo Japan e no
Alibaba Group, da China, enquanto a
Microsoft adquirira participação nos
ativos restantes da empresa, disse a
fonte.
Em entrevista durante a conferência,
na terça-feira, Steve Ballmer,
presidente-executivo da Microsoft,
sugeriu que as negociações haviam
fracassado basicamente devido a
diferenças quanto ao preço. "Tornou-se
claro que havia diferença entre a pedida
e a proposta", afirmou.