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SMS ainda paga o leite das crianças
Juliano Barreto, da INFO
SÃO PAULO – Desenvolvedores
brasileiros projetam oportunidades no 3G e nos vídeos, mas público das classes C
e D são maior alvo. Apesar de estarem de olho nas oportunidades criadas com
serviços que usam as redes sociais, vídeos, músicas e fotos, as empresas que
criam software para celular no Brasil mostraram que mantém um pé fincado no
terreno dos serviços via mensagem de texto, hoje, no Seminário INFO de Internet
Móvel.
“Existe uma grande demanda por
conteúdo premiun para celular. Para atender esse público basta trabalhar com o
que temos, e não esperar por um Messias. Há 130 milhões de telefones com SMS.”,
disse Alex Pinheiro, fundador da Gol Mobile, que recentemente lançou um serviço
para o envio semanal de conteúdo via SMS.
“Objetivo é atingir as classes
C e D. Queremos ser as Casas Bahia do conteúdo para celular”, disse Pinheiro.
Uma barreira para o sucesso de aplicativos mais sofisticados é a própria falta
de experiência com aplicativos para celulares. “Vemos que aparelhos mais bonitos
fazem sucesso independentemente das suas funcionalidades. Com o software
acontece algo parecido. Se o serviço não for fácil, ele não será usado”, disse
José Geraldo Magalhães, CTO da Wapja.net. As apostas para o futuro são
otimistas, e serviços com conteúdo gerado pelos usuários e a propaganda são
áreas quentes, de acordo com os desenvolvedores.
“O mercado nacional já
movimenta algumas centenas de milhões de reais com os desenvolvedores para
celular. E certamente está numa crescente”, disse Fabrício Bloisi, CEO da
Compera/nTime. “Os ringtones não davam dinheiro nenhum em 2000. Hoje é um grande
negócio, é o carro-chefe da maioria das empresas. Nos próximos dois anos, o
vídeo deve gerar bons resultados. Mas é preciso esperar”, afirmou Bloisi.
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