Felipe Zmoginski, do Plantão INFO
SÃO PAULO - Europeus testam
quarta-feira (10) o acelerador de partículas que consumiu US$ 8
bilhões ao longo de 12 anos.
Um consórcio europeu de países vai testar, nesta quarta-feira
(10), seu mais ambicioso projeto de tecnologia dos últimos 20
anos, um acelerador de partículas com 27 quilômetros de
extensão.
Segundo os desenvolvedores do programa, o projeto poderá dar
informações aos cientistas sobre como ocorreu o Big Bang, evento
que supostamente deu origem ao universo.
No acelerador, prótons (partículas que compõem os átomos)
serão acelerados em direções opostas. A idéia é que estas
partículas viagem a 99,99% da velocidade da luz. Em determinado
momento, os prótons disparados em lados opostos vão se chocar.
É exatamente este choque que os cientistas querem analisar.
Que tipo de transformação a matéria sobre neste momento? Quanto
de energia é liberadas? Os dados coletados serão processador por
supercomputadores, que simularão o mesmo evento em dimensões
maiores.
O programa gerou controvérsias na Europa e o acelerador
acabou apelidado de “máquina do fim do mundo”. Alguns
pesquisadores classificaram o evento como “muito perigoso”
porque não há informações seguras do quanto de energia um evento
como esse pode liberar. Cientistas mais críticos afirmam que a
experiência pode até explodir o planeta, terminando com a vida
na Terra.
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos julgou a experiência
segura e liberou o experimento. Cientistas que participam do
projeto afirmam que a quantidade de prótons “acelerada” no teste
será mínima, o que garante a segurança da experiência.