A
Internet mudou nossas vidas de muitas formas - facilitando
compras ou operações bancárias, por exemplo. O problema é que
muitas vezes não percebemos o quanto estamos expostos a
problemas de segurança, desde o roubo de dados pessoais ou
financeiros até invasões que podem usar nossos PCs como
distribuidores de
spam.
Um estudo realizado pelo Cetic.br (Centro de Estudos sobre as
Tecnologias da Informação e da Comunicação) mostrou que, somente
em 2007, 29% dos internautas brasileiros declararam ter
encontrado problemas de segurança na rede.
O que é bastante comum, no entanto, é que as pessoas nem se
dêem conta de que são vítimas de
cibercrime.
Digite sua senha
Senha do e-mail, senha do sistema, senha para mensagens
instantâneas, senha para a outra conta de e-mail, senha para
cadastros em milhares de sites... É fácil se perder no meio de
tudo isso e acabar descuidando das diferentes combinações de
números e letras.
"A senha é a chave do nosso computador, é a segurança de
dados sigilosos", diz Eduardo Godinho, da empresa de segurança
Trend Micro. Ao descuidarmos dessas "chaves", afirma, corremos o
risco de um desconhecido (criminoso ou não) ter acesso a todos
os documentos, fotos e informações pessoais que temos guardados
no computador.
Lixo eletrônico
Uma pesquisa realizada pela McAffee em abril listou o Brasil
como o segundo entre os países que mais recebem spam, atrás
apenas dos Estados Unidos.
O experimento convocou 50 voluntários de 10 países, que
deveriam navegar pela Internet durante 30 dias, sem nenhum
filtro ou proteção anti-spam. Os cinco participantes brasileiros
receberam mais de 15 mil e-mails indesejados nesse período.
Com tanto spam circulando pela web, é difícil escapar. A
melhor solução seria o uso de um filtro anti-spam, segundo
Godinho, reforçado pelo filtro do bom senso. É preciso estar
atento a possíveis spams e deletá-los sem ao menos abri-los,
recomenda.
Pescaria
"O maior perigo é quando o spam possui links que levam o usuário
a páginas da web", alerta Godinho.
Essa prática é chamada de Phishing (do inglês "fishing", ou
pescaria), porque instala na máquina do usuário um software
malicioso (chamado de
malware) para "pescar" senhas e dados bancários do usuário.
O maior risco que temos hoje, explica Godinho, são os ataques
a páginas reais com alguma vulnerabilidade, inserindo um código
que direcione o usuário sem que ele veja para uma página que irá
instalar malware em sua máquina.
Tudo isso, resultando no roubo de dados, acontece sem que o
usuário perceba.
Ladrões de dados
"Quem invade e rouba as senhas são criadores de malware que
possuem atualmente motivação financeira para realizarem diversos
tipos de crimes digitais", explica Godinho.
Ao obter as senhas, a primeira tarefa do cibercriminoso será
encontrar o máximo de informações pessoais que lhe permita
ganhar algum dinheiro. "Se esta senha for bancária", diz Eduardo
Godinho, "a chance do dinheiro do cliente ser transferido ou sua
conta ou cartão de crédito ser utilizado em alguma compra online
é muito grande".
Redação Terra