Uma nova pesquisa conduzida por
especialistas das Universidades Leheigh, Rutgers e DePaul, nos
Estados Unidos, mostrou que quando escrevemos e-mail mentimos
50% mais do que quando nos comunicamos por papel e caneta. O
estudo é parte de uma análise aprofundada de como o e-mail muda
o comportamento em ambientes de trabalho, e se somou a estudos
anteriores que mostram respostas negativas a conceitos como
cooperação e avaliação.
Segundo o site TechRadar, para chegar ao resultado os
pesquisadores pediram aos entrevistados - 48 estudantes de MBS,
na primeira fase do estudo - para imaginar uma situação em que
teriam que dividir US$ 89 com alguém que desconhecia o valor
total, e precisariam comunicar sobre a transação e o valor por
e-mail ou nota escrita. Dos estudantes que utilizaram o e-mail,
92% mentiram; já entre os que usaram nota escrita, 64% mentiram,
afirmando terem recebido menos dinheiro do que tinham recebido.
De acordo com Liuba Belkin, da universidade de Lehigh, cresce
em ambientes de trabalhar a preocupação em relação à comunicação
por e-mail. "Isso pode ser resumido em uma palavra: confiança",
disse ela, acrescentando que o e-mail não dá pistas verbais ou
comportamentais."Num ambiente de trabalho, isso abre brechas
para problemas de interpretação", afirmou. Terri Kurtzberg, da
Universidade Rutgers, também envolvido no projeto, explicou que
enquanto as pessoas estão digitando, parecem considerar normas
diferentes em suas cabeças - e tendem a ser mais egoístas.
Numa segunda fase, estudo com 69 estudantes mostrou que
quanto mais próximo e conhecido fosse o destinatário, menos as
pessoas mentiam. Ou seja, as pessoas mentiriam para
destinatários conhecidos, embora quanto mais próximas fossem do
destinatário, mais branda seria a mentira.
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