Pesquisadores
alemães,
ingleses
e
franceses
acabam
de
criar
uma
proteína
que
pode
ser
"acesa"
e
"apagada"
em
diferentes
cores,
com
fins
medicinais
e
também
para
a
informática,
com
a
perspectiva
de
aumentar,
de
forma
considerável,
a
memória
dos
computadores.
Essa
proteína
fluorescente,
batizada
de
Iris-FP,
é
derivada
de
uma
outra
proteína,
a
GFP,
cujos
criadores
foram
agraciados
no
mês
passado
com
o
Prêmio
Nobel
de
Química.
A
GFP,
de
cor
verde,
foi
modificada
geneticamente
por
um
dos
três
Nobel,
o
americano
Roger
Tsien,
que
a
produziu
de
todas
as
cores
do
arco-íris.
A
Iris-FP,
cuja
arquitetura
é
descrita
pelos
pesquisadores
esta
semana
no
periódico
americano
Proceedings
of
the
National
Academy
of
Sciences
(PNAS),
é
capaz
de
"mudar
de
cor
de
maneira
controlada"
e de
ser
não
apenas
"ligada",
mas
também
"desligada"
por
comando,
graças
ao
uso
de
um
laser.
"Esses
resultados
trazem
novas
perspectivas
em
nanoscopia",
uma
técnica
de
microscopia
muito
em
voga
que
permite
a
observação
de
objetos
da
ordem
de
um
bilionésimo
de
metro,
de
acordo
com
nota
divulgada
pelo
Comissariado
de
Energia
Atômica.
Para
estudar,
por
exemplo,
um
tumor
canceroso,
duas
proteínas,
uma
fluorescente
e a
outra
de
cunho
médico,
são
coladas
uma
na
outra:
a
fluorescente
permite
acompanhar
o
trajeto
e o
movimento
progressivo
de
transformação
da
de
interesse
médico,
explicou
à
AFP
Dominique
Bourgeois,
do
Instituto
de
Biologia
Estrutural.
Na
informática,
a
Iris-FP
permite
desenvolver
memórias
em
volumes
bem
menores
do
que
as
memórias
que
têm,
hoje,
melhor
desempenho,
fazendo
com
que
minúsculos
cristais
mudem
de
cor.
Essa
mudança
de
cor
corresponde
a
uma
operação.
"Podemos
considerar
o
armazenamento
de
um
teraocteto
(ou
seja,
mil
gigaoctetos
de
informações)
em
um
cubo
de
0,1
mm
de
lado,
embora
isso
ainda
seja
do
domínio
do
imaginário",
acrescentou
Bourgeois.
Uma
experiência
já
foi
realizada
com
sucesso
para
um
megaocteto
em
tal
volume,
disse
o
pesquisador,
mas
persiste
a
dificuldade
para
desenvolver
memórias
de
computadores
baseados
nessa
tecnologia,
devido
à
fragilidade
da
amostra
biológica.
AFP