Guilherme Pavarin, de INFO Online
SÃO PAULO – Dois anos depois de
firmar um acordo para publicar seu
acervo no YouTube, a gravadora
Warner pediu para que todos as
mídias publicadas fossem retiradas.
O site pertencente ao Google está
eliminando os milhares de vídeos
desde a meia-noite de sexta-feira.
De acordo com a Warner Music, as
receitas que foram geradas a partir
de seu material no YouTube foram
mínimas, por isso, decidiram não
prolongar o acordo.
Assinado em setembro de 2006, a
gravadora disponibilizava
videoclipes de artistas da sua
marca, tais como Madonna, Red Hot
Chilli Peppers e Justin Timberlake,
e levava uma fatia do ganho com a
publicidade inerente.
Grande parte dos vídeos removidos
só era possível assistir em
computadores dos Estados Unidos,
onde o YouTube recebe cerca de 1
milhão de visitas por mês. As
companhias tentaram negociar um
valor mais adequado para ambas, mas
o negócio não evoluiu.
No YouTube, algumas das maiores
gravadoras do mundo possuem acordos
similares ao que a Warner mantinha:
Vivendi, Sony Music Entertainment,
EMI e Universal.
Recentemente, o YouTube ampliou o
horizonte de parcerias e assinou um
contrato com os estúdios MGM de
cinema, a fim de legitimar os filmes
da empresa no site.
Muitos diziam que o YouTube faria
qualquer negócio para publicar
conteúdos oficiais em suas páginas,
para eliminar a imagem de publicador
‘caseiro’ e gerar mais receitas
publicitárias. A falta de acordo com
a Warner Music pode representar um
fracasso de negociação por parte do
maior site de vídeos da web.