Começou
hoje
na
Suécia
um
dos
julgamentos
mais
aguardados
entre
os
internautas:
o do
site
assumidamente
pirata
The
Pirate
Bay,
que
está
sendo
processado
pelas
multinacionais
Sony
e
Warner
Bros.
O
The
Pirate
Bay
ficou
famoso
por
confrontar
a
indústria,
desconsiderar
e
transformar
em
piada
qualquer
carta
de
infração
de
copyright
recebida
-
exemplos
podem
ser
lidos
em
inglês
a
partir
do
site
administrado
pelos
suecos
Gottfrid
Svartholm,
Fredrik
Neji,
Carl
Lundström
e o
norueguês
Peter
Sunde.
A
principal
defesa
dos
organizadores
do
site
contra
os
ataques
da
indústria
se
vale
de
uma
característica
da
tecnologia
P2P
BitTorrent.
Os
arquivos
hospedados
em
servidores
são
apenas
referências
aos
usuários
que
possuem
em
sua
máquina,
sendo
assim
não
há
pirataria
localizada
em
um
servidor.
Mesmo
assim,
esta
não
é a
primeira
dor
de
cabeça
dos
quarteto
pirata
com
a
indústria.
Em
maio
de
2006,
cedendo
à
pressão
de
grandes
companhias,
a
polícia
sueca
apreendeu
servidores
e
retirou
o
site
do
ar
por
três
dias,
forçando
os
criadores
a
hospedar
"servidores
de
backup"
na
Bélgica
e na
Rússia,
que
seriam
ativados
em
novos
casos
de
apreensões,
conforme
pode
ser
lido
na
Wikipédia
pelo
atalho
http://tinyurl.com/beexbq.
No
domingo,
os
réus
realizaram
uma
conferência
para
imprensa
em
que
afirmaram
que
o
julgamento
é um
espetáculo,
e
que
todos
os
participantes
são
meros
atores.
"Gostamos
de
teatro,
mas
queremos
que
ele
seja
bom",
brincou
Peter
Sunde
acrescentando
que
não
importa
quanto
a
indústria
pedirá,
já
que
não
levarão
um
tostão.
Gottfrid
divide
a
opinião:
"Na
Suécia
já
tenho
mais
dívidas
que
jamais
poderei
pagar.
Eu
sequer
moro
por
lá.
Eles
são
bem
vindos
em
me
mandar
uma
conta.
Enquadrarei
e
colocarei
na
parede",
citou
o
site
Torrent
Freak.
Sunde
afirmou
que
80%
do
tráfego
da
internet
hoje
é
destinado
à
tecnologia
P2P
BitTorrent,
e
desta
soma,
metade
passa
pelo
The
Pirate
Bay.
O
julgamento,
iniciado
hoje,
tem
previsão
de
conclusão
nos
próximos
13
dias,
mas
de
acordo
com
o
site
norueguês
VG
Nett,
especialistas
esperam
que
o
caso
seja
levado
a
instâncias
maiores
e
dure
até
cinco
anos.
O
site,
que
oferece
os
arquivos
gratuitamente
aos
quase
15
milhões
de
visitantes
diários,
é
acusado
de
lucrar
cerca
de
1,2
milhão
de
kronors,
equivalente
a
US$
140
mil,
com
os
anúncios
expostos
em
suas
páginas.
Caso
condenados,
os
administradores
podem
passar
dois
anos
presos
e
tomar
uma
grande
multa,
devolvendo
o
valor
ganho
com
publicidade
e
respondendo
a
mais
de
US$
11
milhões
de
danos
à
indústria.
Na
primeira
etapa
do
julgamento,
realizada
essa
manhã,
a
defesa
pelo
advogado
Per
E
Samuellson,
comparou
o
compartilhamento
de
arquivos
com
carros,
dizendo
que
a
tecnologia
pode
ser
usada
para
fins
criminosos,
assim
como
um
carro,
mas
este
não
é
seu
objetivo,
conforme
noticiou
o
site
sueco
Dagens
Juridik.
De
acordo
com
o
site
mantido
pelo
The
Pirate
Bay
a
respeito
do
caso
(http://trial.thepiratebay.org/),
a
próxima
etapa,
em
que
a
acusação
apresenta
mais
provas
contra
os
réus,
acontece
amanhã
e
segue
pelos
próximos
dias.
Segundo
informa
a
BBC,
o
diretor
da
Federação
Internacional
da
Indústria
Fonográfica,
John
Kennedy,
disse
que
o
site
prejudica
artistas.
"O
Pirate
Bay
atingiu
criadores
de
muitos
tipos
diferentes
de
obras,
desde
músicas
até
filmes,
de
livros
a
programas
de
televisão.
Ele
é
particularmente
nocivo
ao
distribuir
material
com
direitos
autorais
antes
do
lançamento
oficial",
disse
Kennedy,
cuja
federação
representa
mais
de
1,4
mil
empresas
de
todo
o
mundo.
Kennedy
alega
que
os
criadores
ganharam
"valores
expressivos
de
dinheiro"
com
o
site,
"apesar
de
dizerem
que
estão
apenas
interessados
em
espalhar
cultura
de
graça."
Para
Peter
Sunde,
o
The
Pirate
Bay
não
deve
ter
a
mesma
importância
nos
próximos
cinco
anos,
ao
contrário
da
tecnologia
BitTorrent
que
deve
melhorar.
Para
ele,
o
fato
de
que
o
compartilhamento
de
arquivos
continuará
existindo
enfraquecerá
este
tipo
de
debate
Magnet