Brasília - A obtenção de biocombustível a partir da mandioca
pode ser feita também pelas usinas de cana-de-açúcar, devido
às similaridades entre os processos de fermentação e de
destilação dos dois produtos.
A informação é do
vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de
Amido de Mandioca (Abam), Antônio Donizetti Fadel.
“O processo de fermentação e destilação da mandioca é
igual ao da cana. A diferença está na etapa de moagem e no
processo de sacarificação, que transforma o amido em
açúcar”, explica Fadel.
Segundo ele, há a possibilidade de se postergar a
colheita da raiz pode tornar o produto mais atraente para os
usineiros durante as entre-safras da cana.
“A mandioca permite uma maior liberdade para a definição
da época de colheita, que pode chegar a até 30 meses após o
plantio. A vantagem é que enquanto ela não é colhida
continua crescendo. E, com ela, os lucros”, disse.
Fadel explica que com 12 meses a produtividade da
mandioca é, em média, de 25 toneladas por hectare. “Mas, com
24 meses é possível chegarmos a 40 toneladas por hectare”,
garante.