Camaleões
humanos e adeptos da filosofia de Raul
Seixas, por fim, terão a oportunidade de
adquirir sua peça metamórfica ambulante. Os
carros do futuro, senhoras e senhores,
poderão mudar de cor tão facilmente como
trocamos de roupa.A mágica é pura
ciência. Estudiosos da Universidade de
Clemson, na Carolina do Sul, desenvolveram
uma tinta paramagnética que pode ser
substituída por um simples toque no botão.
Quando o motorista aperta o dispositivo,
segundo a criadora Andrea Dangelewicz,
uma corrente elétrica é enviada por meio de
um polímero especial de tinta que contém
nanopartículas paramagnéticas (ligeiramente
atraídas por imãs). A corrente, a partir
disso, cria um campo magnético que afeta o
espaçamento de cristais no interior das
partículas, mudando sua capacidade de
refletir a luz. Pronto. Em menos de um
segundo, a alteração de cor é feita.
Bem como as tintas, tais conceitos de
magnetismo talvez não estejam tão frescos na
sua memória. Mas o projeto, desenvolvido
desde 2007, tem pretensão de sair do papel.
Mudar o desenho externo do automóvel não
é algo tão inovador. A Toyota já desenvolveu
o RiN, um carro capaz de projetar imagens de
acordo com o humor do motorista.
Por outro lado, nossas decisões com a
nova invenção devem ficar mais fáceis e
menos dependentes de estados de espíritos. A
hora de escolher a cor de um carro será como
pedir meia dúzia de pães franceses. Qualquer
um, desde que não esteja deformado, serve.