A velocidade com que
a tecnologia se
transforma faz
parecer, às vezes,
que aqueles
aparelhos tão
modernos e high-tech
que usávamos há
poucos anos
descansam agora em
algum lugar da
Pré-História. A
sensação de que
disquetes conviviam
harmoniosamente com
dinossauros em um
passado muito
distante toma forma
no trabalho do
artista americano
Christopher Locke,
que transformou
objetos "arcaicos"
como cassetes e
controles de
videogame em
"fósseis modernos".
Os futuros achados
arqueológicos
criados por Locke
incluem um
disquete, um
controle de
videogame dos anos
80, uma
fita cassete, um
telefone de disco,
um aparelho de som
portátil "boombox",
um
walkman e até um
iPod. As
esculturas são
feitas em moldes
individuais a partir
de uma mistura de
cimento e
"ingredientes
secretos", que dão o
aspecto fossilizado
e permitem algumas
variações de
tonalidade.
Em seu site, o
artista fornece
dados sobre os
artefatos e dá um
nome científico a
cada espécie - como
Repondicium
antiquopotacium,
no caso do disquete.
Mais do que
brincar com a
tecnologia
jurássica, o
escultor faz uma
leve crítica ao
consumismo em uma
explicação
"arqueológica". "É
triste, mas a maior
parte destes objetos
teve vida curta",
diz Locke. O artista
justifica: "Muitos
atribuem esse curto
ciclo de vida a
predadores
agressivos ou a uma
evolução acelerada,
mas isso não é
necessariamente
verdadeiro. Foi
demonstrado
recentemente que o
fim de muitas dessas
espécies foi
conseqüência do
consumismo e do
desperdício no topo
da cadeia
alimentar."
As obras estão à
venda e podem ser
vistas no site do
artista, http://heartlessmachine.com.
Redação Terra