Há quem
goste de
operar o
próprio
carro, no
sentido
cirúrgico da
expressão.
Cortes aqui,
alguns fios
manejados
acolá, e
pronto, um
novo sistema
de som está
pronto para
atordoar
vizinhanças.
Falemos por
outros. Não
é tão
simples
montar, em
automóveis,
um
amplificador
de áudio
eficaz,
sabemos.
Sobretudo se
prezarmos
pela
estética,
leveza e
espaço.
Imagine,
então, se o
senhor
inglês de
olhar
melancólico
da imagem
acima
oferecesse
um
alto-falante
límpido,
semelhante a
um papel
alumínio, e
com
propriedade
adesiva. É o
que segura
em mãos,
sim, afirma
Steve
Couchman - o
próprio. Uma
peça de 0,25
centímetros
de espessura
(equivalente
a duas
folhas de
papel A4
empilhadas,
mais ou
menos) capaz
de converter
sinal
elétrico em
som.
Duvidemos.
Couchman,
engenheiro
de óculos,
elucida
melhor. Ele
diz na
descrição do
produto que
o segredo
está nas
películas
condutoras e
isolantes
postas umas
sobre
outras, que
resultam
numa espécie
de plástico
laminado
capaz de
produzir som
quando
estimulado
por sinais
elétricos.
Este
artefato
folhado
funcionaria
como um
pistão
ressonante.
As ondas
sonoras
planares
atingiriam
distâncias
maiores do
que as
emitidas por
alto-falantes
convencionais
sem se
deteriorar
no meio do
caminho,
segundo os
inventores.
Por isso,
além de ser
indicada
para locais
abertos e
poluídos aos
ouvidos -
como
aeroportos –
a aplicação
pode ser
doméstica
devido ao
seu tamanho
reduzido e
sua
flexibilidade.
É ai que
entram os
nossos
carros.
Até o fim
do ano, o
promissor ‘Flat,
Flexible
Loudspeaker‘
(FFL, ou
‘alto-falante
plano
flexível’,
em nosso
idioma)
espera
encontrar
meio de
financiamentos,
de acordo
com os
inventores
Dr. Duncan
Billson e
Professor
David
Hutchins,
ambos da
Universidade
de Warwick –
é sempre bom
dar os
devidos
créditos,
por bem ou
por mal do
andamento do
projeto.
Os
ingleses
garantem que
já há uma
série de
figurões da
indústria
automobilística
atrás do
alto-falante
que pode ser
grudado em
tetos e
interiores
de carro, ou
até mesmo
pendurado em
um lugar
plano, tal
qual um
quadro.
A idéia
do “micro
alto-falante”
não é a
pioneira,
mas é a mais
madura
comercialmente.
No ano
passado, um
grupo de
chineses da
Tsinghua
University,
em Pequim,
construiu um
protótipo de
uma “folha
sulfite
transparente
e
alto-falante”
feita a
partir de um
emaranhado
de nanotubos
de carbono
alinhados.
No invento,
a propagação
do som
surgia da
oscilação de
pressão
provocada
pelo
aquecimento
do material
via corrente
elétrica. O
desenvolvimento,
ao que
parece, não
vingou.
Esperamos
para ver o
que
acontecerá
com a versão
européia.
Pois há quem
goste da
idéia. Há
quem sonhe.
E há quem
use fones de
ouvido no
carro - os
chamados
egoístas, e
que se
defendem
como
“reservados”.