Como chefe da campanha digital de Obama, Self foi essencial na criação de uma enorme base de apoio que ajudou a levar Obama à Casa Branca e levantar 500 milhões de dólares para a campanha online do democrata, número recorde de doações.
"Engajamento político desse nível nos Estados Unidos também é algo novo", disse em entrevista, "Não há porque esse tipo de engajamento político não ser aplicado em outros países".
Self, que visitou Brasília este mês para encontro com Dilma, contou que sua companhia está trabalhando com uma parceira local para ajudar o PT a planejar a campanha e que deve ter um papel maior quando a campanha começar de fato.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, parece precisar da mágica de Obama.
Dilma, que não tem o carisma do popular presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está bem atrás do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), nas pesquisas de opinião, e parece faltar uma mensagem estimulante, como os gritos por mudança da campanha "change" de Obama que inspiraram seus eleitores.
Self não quis comentar as qualidades de Dilma como candidata, mas disse acreditar que a internet, atualmente, é pouco usada como ferramenta de campanha no Brasil e que ela poderia ser usada de forma eficiente para ajudar a ministra.
Seu envolvimento segue o debate nacional travado no Congresso sobre o uso da internet em campanhas eleitorais, com deputados estudando mudanças nas lei para restringi-lo.
Lula, que tem que chancelar qualquer proposta de lei aprovada pelo Congresso, tem apoiado publicamente o uso irrestrito da web em campanhas eleitorais.