DIÓGENES
MUNIZ
editor
de
Multimídia
da
Folha
Online
Lembra
do
lançamento
do
Google?
E do
anúncio
do
YouTube?
Twitter?
Orkut?
Nada?!
Para
o
norte-americano
Bill
Tancer,
especialista
em
tráfego
na
internet,
essa
aparente
amnésia
que
acabamos
de
constatar
tem um
bom
motivo:
as
grandes
ideias
da
internet
surgem
silenciosamente.
Tancer é
autor de
"Click -
O que
Milhões
de
Pessoas
Estão
Fazendo
On-line
e Por
que Isso
É
Importante"
(ed.
Globo;
272
págs.,
R$ 36).
Sua obra
destrincha
--de
forma
quase
doentia,
tamanha
a
minúcia--
como,
por que
e para
onde vai
a manada
virtual.
"A
adoção
das
novidades
normalmente
começa
pelos 'early
adopters'
[grupo
reduzido
de
consumidores
antenados
que
abraça
os
lançamentos
antes
dos
demais],
que
testam
um
produto
jovem e
aí
começam
a
evangelizar
esse
serviço
para
outros
potenciais
usuários,
dando
sequência
à
adoção."
Traduzindo:
primeiro
o
produto
dá
certo, é
acolhido
pela
comunidade
de
internautas,
depois o
dinheiro
começa a
jorrar.
Foi
assim
que, em
1999,
sem
qualquer
alarde,
saiu da
fase
beta (de
testes)
o maior
buscador
da rede,
hoje
orçado
em cerca
de US$
150
bilhões.
Foi na
moita
também
que
nasceu o
projeto
universitário
de um
estudante
de
Harvard
hoje
usado
por mais
de 300
milhões
de
internautas.
Google e
Facebook,
prazer.
Por
outro
lado,
não
faltam
exemplos
de
lançamentos
com
estardalhaço
que
fracassaram
vergonhosamente.
Que fim
deu,
afinal,
o
buscador
idealizado
pelo pai
da
Wikipedia,
Jimmy
Wales,
que na
estreia
prometeu
deixar
no
chinelo
Google e
Yahoo!?
Suas
ambições
foram
divulgadas
alegremente
pela
imprensa
mundial,
mas hoje
é
difícil
achar
alguém
que
lembre o
que
diabos é
um
Wikia
Search.
Neste
ano, com
a
estreia
do
buscador
Bing,
nova
investida
da
Microsoft
na rede
para
desafiar
o Google,
a
questão
de como
nascem
os
endereços
por onde
navegarão
milhões
de
pessoas
volta à
tona.
"Neste
tipo de
negócio,
eu nunca
falo
nunca",
pondera
Tancer.
"Dito
isso:
nos EUA,
combinando
o volume
de
buscas
do Yahoo!
e do
Bing
chegamos
a 25% do
mercado,
enquanto
o Google
detém
72%. No
Brasil,
o Google
atinge
cerca de
90% do
mercado!
Ou seja,
o Bing
tem
muito
chão
pela
frente
se
quiser
bater o
Google."
O
hype
relativamente
recente
(e
crescente)
em torno
do
Twitter
(um
produto
de 2006,
quando o
grande
barato
no
Brasil
era ter
um
perfil
no Orkut)
também
levanta
outra
dúvida
na
cabeça
do
internauta
curioso:
para
onde
precisamos
olhar se
quisermos
ver
nascer
algo de
fato
promissor?
Para
ajudar a
responder
essa
questão,
a
reportagem
perguntou
ao autor
o que um
produto
precisa
reunir
para
fazer
sucesso
na
internet.
Anote a
receita:
1)
engajamento
de seus
usuários;
2) algo
que o
diferencie
dos
demais;
e 3)
distribuição
viral.
http://www.arremessocelular.com.br