"Há anos, subestimamos os riscos psicológicos, já que é mais fácil perceber alguém caindo numa fornalha do que alguém que está sofrendo", disse Darcos em discurso a um conselho de condições de trabalho, "E mesmo assim, (riscos psicológicos) são reais, como mostra a situação na France Telecom de forma especialmente trágica".
Darcos pediu que as 2.500 empresas francesas com mais de mil funcionários que finalizem suas negociações com os sindicatos para reduzir o estresse, que líderes trabalhistas afirmam estar por trás da recente onda de suicídios, até 1o de fevereiro do ano que vem.
A France Telecom já abriu as negociações, com base em um acordo de 2008 com os sindicatos.
Seu CEO, Didier Lombard, que vem recebendo críticas após descrever a onda de suicídios com "modinha", disse que não prestou atenção aos primeiros sinais de que algo estava errado.
"Creio que subestimamos um certo número de fatores humanos", disse ele à rádio Europe 1, "Passamos por grandes mudanças, o que provavelmente fizemos muito rápido".