Essas estruturas são seções curtas de DNA que ficam no final de todos os cromossomos. Cada vez que uma célula se divide, seus telômeros se encurtam um pouco até que, eventualmente, eles se tornam tão curtos que a célula para de se dividir. Isso resulta na falência de tecidos e órgãos e no aparecimento dos sinais de velhice.
Para estudar o papel dessa estrutura no envelhecimento, os pesquisadores escolheram uma população homogênea cujos genes já haviam sido catalogados: os judeus Ashkenazi.
O grupo de pesquisa era formado por 86 pessoas com idade média de 97 anos e 175 de seus descendentes. Além disso, havia 93 pessoas em um grupo de controle (descendentes de pais que tiveram expectativa de vida normal).
As análises mostraram uma relação direta entre viver até os 100 anos e possuir uma versão hiperativa de uma enzima que reconstrói as pontas dos cromossomos. A conclusão é a de que parte dessa longevidade encontrada no grupo é atribuída a variações vantajosas dos genes envolvidos na manutenção do telômero.
O estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, também revela que esses indivíduos também não sofriam de doenças relacionadas à idade, como problemas cardiovasculares e diabetes.