O Firefox está completando cinco anos. O navegador da Mozilla vem conquistando usuários continuamente e já é responsável por 24% dos acessos à internet segundo a Net Applications. É um número respeitável, sem dúvida. Tenho visto notícias prevendo que a turma da raposa vai acabar com o Internet Explorer. Eu não tenho tanta certeza disso. Se o avanço dos raposinos foi rápido até agora, não há garantia de que vá continuar no mesmo ritmo. Uso tanto o Firefox como o Internet Explorer 8 diariamente e estou convencido de que os dois são suficientemente bons para a maioria das pessoas. Mas há outros fatores, além do bom funcionamento, que podem ajudar ou atrapalhar o avanço do Firefox no mercado. Vejamos alguns deles.
A favor do Firefox
Extensões - As mais de 7 mil extensões disponíveis para o Firefox agradam a quem gosta de personalizar o navegador. Também atraem quem tem necessidades específicas, como programadores e pessoas que gostam de baixar vídeo do YouTube, por exemplo. Embora existam extensões para o Internet Explorer, elas nunca foram realmente populares.
Marketing guerrilheiro - No seu início, o browser se beneficiou da imagem de tropa rebelde lutando contra o grande império. Quem não gostava do Bill Gates usava Firefox. Isso ainda acontece. Mas, nos últimos anos, a Mozilla também conseguiu tornar o Firefox “cool”. O programa está na moda e muitas pessoas se orgulham de usá-lo. Isso permite conquistar um público mais amplo.
Tapetão - Ao menos na Europa, a Microsoft poderá ser obrigada a ajudar a divulgar o Firefox e os outros navegadores. Como já comentei, há um processo movido pela Opera, e a empresa norueguesa está ganhando a briga. Os raposinos também se beneficiam disso.
Contra o Firefox
Chrome - O Google tem ciclos de desenvolvimento velozes, muito dinheiro para gastar e atitude ultracompetitiva. A participação do Chrome no mercado é de menos de 4%, mas ele tem melhorado a cada nova versão e pode conquistar parte dos usuários do Firefox.
Windows 7 - O Internet Explorer 8, incluído no Windows 7, é muito mais atraente do que o tosco Internet Explorer 6, que acompanhava o XP. Com o avanço do Windows 7, as pessoas já não terão tantos motivos para procurar outro navegador.
Smartphones - Dos cinco navegadores mais conhecidos (Safari, Chrome, Opera, Internet Explorer e Firefox), o Firefox é o que tem menor presença em smartphones. O líder desse segmento é o Opera Mini. A tendência é que cada vez mais pessoas usem smartphones para navegar na web. A menos que os raposinos consigam conquistar um espaço maior nesses aparelhos, o crescimento do Firefox no mercado será prejudicado.