Gentry diz que o mundo todo sempre confiou nesses formatos de mídia e que, agora, eles se tornaram obsoletos, sendo substituídos por uma "infinidade inatingível" de arquivos de dados. O artista questiona ainda a compatibilidade do homem com sua própria tecnologia.
Inspirado pelo mapa mundial feito inteiramente de antigas partes de computador criado pelo artista brasileiro Vik Muniz, o inglês adotou os disquetes como seu meio, usando os discos como uma grade para criar "photo-fits", construindo rostos imaginários e identidades que poderiam fazer conexões com as informações armazenadas nos discos, por exemplo, um hub circular na parte de trás do disquete serviu como metáfora de um olho humano, explica.
O número de discos varia em cada quadro. Os menores podem usar apenas seis discos, enquanto quadros maiores são compostos por 100 ou mais. "Eu peço às pessoas para doarem seus discos através de meu website, mas os consigo principalmente comprando", contou o artista ao site Wired, complementando que os objetos são relativamente baratos, já que são inúteis para a maioria das pessoas.
Para criar uma peça, o artista inicia um esboço preparatório que é mapeado em uma grade, com cada seção do tamanho de um disco. A tinta spray é aplicada nos disquetes com um stencil, para presenvar a etiqueta e o slider de metal. Os discos são, então, colocados nas áreas de acordo com sua tonalidade, quase como pixels, criando uma colagem, diz o artista. É utilizada, então, tinta óleo para finalizar os detalhes da obra.
O site do artista (http://shop.nickgentry.co.uk/) disponibiliza as obras para venda, Os valores dos quadros variam entre 300 libras a 700 libras (aproximadamente R$ 870 a R$ 2 mil).