O Congresso, que conta com a participação de representantes de 76 agências de notícias de todo o mundo, foi inaugurado pela presidente argentina, Cristina Kirchner, que defendeu a necessidade de "democratizar" a comunicação e estabelecer "regulações globais" para evitar o uso indevido da internet.
Em seu discurso como presidente do Conselho Mundial de Agências, Alex Grijelmo, presidente da Efe, antecipou a vontade da empresa de promover um acordo entre agências para combater a pirataria e o uso indevido dos créditos nas informações reproduzidas pela imprensa. "Anuncio a vontade da Agência Efe de promover um acordo entre agências para nos defender conjuntamente da apropriação indevida das notícias", apontou Grijelmo.
"A internet é o terreno do anonimato, no qual qualquer um pode expressar opiniões e divulgar notícias sem enfrentar a responsabilidade de suas palavras. As agências informativas desejamos o contrário: assumir as consequências de tudo aquilo que divulgamos e assiná-lo com nossas marcas para prestigiar esses dados e assumir as consequências de qualquer erro", acrescentou.
Segundo ele, "deve ser uma meta cotidiana para todos nós que as informações das agências sejam assinadas com os nomes de nossas empresas, porque deste modo terão o selo que credencia sua qualidade".
Durante os próximos três dias, os delegados do Congresso tentarão buscar respostas aos desafios enfrentados pelo setor e consolidar a liderança das agências como distribuidoras de informações. A capacitação para o novo jornalismo, a integração das redações multimídia e o desenvolvimento de novos produtos ocuparão boa parte dos debates do Congresso desta quarta-feira, que contarão com um discurso de Frank A. Rue, relator da ONU para a liberdade de expressão.
Essa terceira edição do Congresso, que irá até sexta-feira na cidade argentina de Bariloche, foi precedida pelos encontros de Moscou (2004) e Madri (2007).
EFE