Vinicius Aguiari, de INFO Online
SÃO PAULO - Inicialmente elaborado para ser um canal de comunicação entre a
instituição e a imprensa, a conta do Corpo de Bombeiros no Twitter tem angariado
uma série de cidadãos interessados nas dicas da corporação e na adrenalina de
seus tuítes.
No ar desde novembro do ano passado, o Twitter dos Bombeiros conta com 1 492
seguidores. De acordo com previsões do site TwitterCounter, em 15 dias o número
deve saltar para 4 688.
“Tínhamos uma sala de imprensa que não parava. Não dava mais para deixar dois
profissionais lá a todo momento. As ligações não paravam. Foi então que
pensamos: ‘Por que não o Twitter?’”, explica o Tenente Marcos Palumbo, do setor
de comunicação da corporação.
Cinco oficiais são responsáveis pela atualização da conta. A cada 12 horas,
um deles assume o posto e se anuncia: “07:30hs: Bom dia a todos. Cb. Moitinho
assumindo o atendimento à imprensa até às 19h30 no Twitter e no fone: 3396
----”.
O monitoramento é feito por meio de três monitores que listam as ocorrências
recebidas pelo número 193. De lá, elas partem direto para a timeline da conta. A
linguagem é rápida. “Às 12H39. Est Turistica do Jaraguá, 2450, Jaraguá, Acid
Trâns CMINHÃO x ÔNIBUS - 2Vit socorrida pelo SAMU ao PS Pirituba.”
Porém, os tuítes logo despertaram o interesse dos usuários comuns, que
passaram a usar a conta para tirar dúvidas e pedir dicas de segurança. “Eles
querem saber como tirar uma caixa de abelhas de casa ou como se proteger dos
raios durante uma tempestade”, exemplifica Palumbo.
Em média, 150 novos seguidores adicionam a conta a cada dia. Além de tirar
dúvidas, eles também querem saber como ingressar nos bombeiros.
Para os Bombeiros, a experiência tem sido boa. “A corporação existe há 130
anos. Na década de 1980, éramos conhecidos por apagar incêndios. Hoje, as
ocorrências com fogo representam menos de 10% do total. Os tempos mudam. A
gente, também. O Twitter é melhor que o site dos bombeiros para esse tipo de
comunicação”, afirma Palumbo.
Para o futuro, eles estudam a introdução de novos formatos, e já realizam
testes com o Twitcam. Por enquanto, o uso do Facebok ainda depende de aprovação
do comando da Polícia Militar.