Os resultados do estudo serão publicados esta
semana no site e em breve na edição impressa da
revista Proceedings of the National Academy of
Sciences.
“A princípio, derramar uma xícara de
café quente em você mesmo ou pensar em uma
pessoa com quem experimentou recentemente um
rompimento inesperado parece que provocam tipos
diferentes de dor, mas nosso estudo mostra que
são mais semelhantes do que se pensava”, disse
Kross.
Estudos anteriores indicaram que as mesmas
regiões no cérebro apoiam os sentimentos
emocionalmente estressantes que acompanham a
experiência tando da dor física como da rejeição
social.
A nova pesquisa destaca que há uma
interrelação neural entre esses dois tipos de
experiências em áreas do cérebro, uma parte em
comum que se torna ativa quando uma pessoa
experimenta sensações dolorosas, físicas ou não.
Kross e colegas identificaram essas regiões: o
córtex somatossensorial e a ínsula dorsal
posterior.
Participaram do estudo 40 voluntários que
haviam passado por um fim inesperado de
relacionamento amoroso nos últimos seis meses e
que disseram se sentir rejeitados por causa do
ocorrido.
Cada participante completou duas tarefas, uma
relacionada à sensação de rejeição e outra com
respostas à dor física, enquanto tinham seus
cérebros examinados por ressonância magnética
funcional.
“Verificamos que fortes sensações induzidas
de rejeição social ativam as mesmas regiões
cerebrais envolvidas com a sensação de dor
física, áreas que são raramente ativadas em
estudos de neuroimagens de emoções”, disse Kross.
O artigo Social rejection shares
somatosensory representations with physical pain
(doi/10.1073/pnas.1102693108), de Ethan Kross e
outros, poderá ser lido em breve por assinantes
da PNAS em
www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1102693108.