Para as empresas, essa transparência vai muito além da
simples obrigação de revelar informações financeiras
básicas. Graças à internet, pessoas e instituições estão
ganhando acesso sem precedentes à informação sobre
comportamento corporativo, operações e desempenho — desde a
análise em tempo real de dados financeiros das empresas até
a monitoração de cadeias de suprimentos em outros países.
Armados com novas ferramentas para encontrar informações
sobre assuntos que afetam seus interesses, os acionistas
hoje examinam a empresa como nunca, passam informações a
outros e organizam procedimentos coletivos. Consumidores têm
condições de avaliar produtos e serviços em níveis antes
impensáveis. Empregados podem compartilhar dados antes
secretos sobre estratégia e desafios da empresa. As redes
globais de parceiros comerciais e fornecedores compartilham
dados sensíveis para ajudar os ecossistemas de negócios a
ter um desempenho como se fosse de uma única empresa.
Poderosos investidores institucionais estão desenvolvendo
uma visão de raio X, enquanto investidores em rede
desencavam o “lixo real” nas finanças das companhias em
microblogs.
Num mundo de comunicação instantânea, imprensa vigilante
e buscas na web, cidadãos e comunidades põem as empresas sob
a lente do microscópio. Quando as organizações ficam cada
vez mais nuas, manter a “boa forma” não é mais opcional. A
sobrevivência as obriga a malhar.
Com a demanda por transparência vinda de todos os lados,
é necessário criar uma nova abordagem corporativa. Os
líderes precisam pensar na transparência como um componente
crítico da estratégia competitiva e uma precondição
essencial para construir relacionamentos colaborativos com
clientes, parceiros, acionistas e o público em geral.