Um novo estudo, recém
apresentado pela
Universidade de Cornell,
em Nova York, afirma que
o limite máximo de
contatos sociais que um
mesmo indivíduo é capaz
de manter pode acontecer
também na rede social.
De acordo com a
avaliação dos
pesquisadores Bruno
Gonçalves, Nicola Perra
e Alessandro Vespignani,
as interconexões de
usuários do Twitter
parecem reproduzir o
modelo conhecido como
Número de Dunbar,
que sugere, em linhas
gerais, que nosso
neocortex cerebral, área
utilizada para o
pensamento consciente e
a linguagem, só é capaz
de administrar interação
com um máximo de 150
contatos
simultaneamente.
Este número de
contatos parece ter-se
mantido constante ao
longo da história
humana, das aldeias
neolíticas às
infantarias militares,
segundo o site Slashdot,
que prossegue informando
que, na última década,
as redes sociais
influenciaram
profundamente a forma
como as pessoas se
conectam, de modo que
tuitadores seguem e são
seguidos por milhares.
Porém, isto não parece
mudar nossa capacidade
cognitiva.
Inspirados pela
evidência empírica da
teoria de Dunbar,
os pesquisadores
propuseram uma dinâmica
simples, baseada no
encadeamento de
prioridades e limitações
de tempo, informa a
página de acesso ao
estudo, mantida pela
Universidade. Após a
contagem dos tuítes de
1,7 milhão de usuários
da rede, ao longo de
seis meses, descobriu-se
que, no início, as
pessoas aumentam seu
número de amigos até um
ponto de saturação e, em
seguida, as conversas
com contatos menos
importantes começam a se
tornar menos frequentes,
mantendo-se aquelas com
as quais temos maior
vínculo, justamente
entre 100 e 200, como
prevê a teoria de
Dunbar.
"Estes dados sugerem
que, apesar das modernas
redes sociais, somos
incapazes de superar as
limitações biológicas e
físicas para relações
sociais estáveis",
afirmaram Gonçalves e
seus parceiros ao site
Technology Review,
do MIT.
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