As pessoas estão começando a
ficar entediadas com suas redes
sociais favoritas, indica
pesquisa do Gartner divulgada
nesta segunda-feira. O
percentual dos que estão usando
menos a rede do que quando se
cadastraram é de 24%. O
percentual que ainda é menos
expressivo do que o de pessoas
que continuam usando os sites
tanto quanto antes, 39%, e do
que o de usuários que aumentaram
o tempo gasto nas páginas, 37%.
O Brasil foi um dos onze países
pesquisados, e um dos que saiu
da média geral: no País, 30% dos
entrevistados disseram que estão
passando menos tempo navegando
por redes sociais. Na Rússia, o
percentual chega a 40%. Por
outro lado, em países como
Coreia do Sul e Itália o uso dos
sites cresceu, de acordo com
quase 50% dos usuários que
responderam à pesquisa.
Além das diferenças entre os
países, o estudo com 6.295
pessoas - realizado entre
dezembro de 2010 e janeiro deste
ano - também revela disparidades
entre as faixas etárias. Os mais
novos e os aficionados em
tecnologia somam a maior parte
dos usuários que aumentou o uso
de redes sociais. Já os que têm
uma visão mais prática da
tecnologia aparecem em maior
número entre os que estão usando
menos sites como Facebook e
Twitter.
"Trinta e um porcento (31%)
dos Aspirantes (mais jovens, fãs
de mobilidade e consumidores
conscientes) indicaram que estão
ficando cansados com as redes
sociais, um fato que deveria ser
monitorado pelos criadores das
redes, uma vez que vão precisar
inovar e diversificar seu
portfólio se quiserem manter a
atenção dos clientes", afirma
Brian Blau, diretor de pesquisa
do Gartner. "A nova geração de
consumidores", continua, "é
incansável e tem um lapso de
atenção pequeno, então será
preciso muita criatividade para
criar um impacto significativo
para as marcas".
A pesquisa tentou desvendar
os motivos que estariam
afastando alguns usuários de sua
rede social favorita. Segundo o
Gartner, nenhum fator se mostrou
muito mais relevante do que os
outros, mas o relatório do
estudo ressalta que 33% dos
entrevistados demonstrou
preocupação com a privacidade
das informações online. O
percentual é mais baixo entre os
adolescentes: apenas 22%
concordaram ou concordaram
veementemente que questões
relacionadas à privacidade
afetavam negativamente seu
entusiasmo com a rede.
Terra