No mundo todo, são 1 milhão de pessoas atingidas
diariamente. Anualmente, o prejuízo global é de U$$ 388
bilhões, enquanto somente no Brasil esse valor chega a U$$
63,3 bilhões, equivalente a R$ 104,8 bilhões. Ao fazer a
comparação dos prejuízos financeiros e tempo perdido, os
custos dos crimes cibernéticos no mundo são maiores do que
os do tráfico de drogas, cujo custo anual chega a U$$ 288
bilhões.
Adam Palmer, consultor líder de cibersegurança da
Norton, alertou que o alto índice de crimes virtuais está
relacionado à utilização de antivírus mal atualizados pelos
brasileiros. “É chocante que 69% das pessoas não mantenham
seus software de segurança atualizados”.
Além disso, 78% das vítimas de crimes offline e online
afirmam que o crime cibernético é preocupante tanto quanto o
crime no mundo físico e 69% o considera igualmente
revoltante. Aliás, crimes virtuais parecem estar mais comuns
do que os offline. Isso porque entre os brasileiros
entrevistados, 19% foram vítimas de crimes no mundo físico e
59% de crimes online.
Quanto a possíveis medidas para diminuir esses índices,
Palmer destacou que esse número pode melhorar com a
segurança e conscientização, pois as pessoas têm medo do
crime cibernético. “Nós estamos tentando aumentar a
cooperação global e treinar a polícia; é importante ter as
pessoas trabalhando em conjunto, e não só um esforço dos
americanos”.
Durante o estudo da Norton, foram entrevistadas cerca de
19 mil pessoas em 24 países. Palmer disse que “não é nossa
intenção exagerar os números”. Ele completou ao dizer que o
número é baseado em quando a pessoa reporta que sofreu o
dano. Porém, eles não perguntam o que realmente aconteceu,
apenas se ela se considera vítima ou não, sem levar em conta
a legislação dos países estudados. De qualquer forma, Palmer
alerta que “não há dúvidas de que o crime cibernético é
real, assim como os desafios para a polícia”.