“Estamos a caminho de quebrar paradigmas. Nossa principal aposta está na tecnologia ‘anytime, anywhere’, onde qualquer conteúdo poderá ser visto em qualquer dispositivo a qualquer momento, permitindo assim uma maior integração para o usuário”, apontou Colcher.
Para a consultoria os televisores poderão ser personalizados pelos usuários, seguindo recomendações de amigos em redes sociais, criando assim uma integração dos conteúdos.
O usuário poderá optar até mesmo pelo tipo de propaganda que quer ver e os publicitários poderiam criar novos nichos de propaganda digital e assim explorar anúncios voltados para determinados grupos de pessoas.
A interatividade também terá forte presença na TV do futuro, auxiliando nessa integração entre as mídias. Com ela será possível por fim criar um canal de comunicação direto entre usuário e conteúdo, permitindo que os telespectadores votem durante uma sessão, iniciem chats e acompanhem a transmissão em diversos dispositivos.
“As inovações ainda são muito manuais, o usuário precisa criar essas conexões. Mas futuramente isso ocorrerá de forma natural. A integração online acontecerá dentro da mesma tela, entre canais normais e serviços de banda larga. Por exemplo, durante uma partida de futebol o telespectador terá a possibilidade de escolher acompanhar o jogo por uma câmera exclusiva ou mesmo em mosaicos com ângulos diferentes”, afirmou Colcher.
Funcionalidades e aplicativos
A mudança nos controles remotos evidencia essa integração entre múltiplos dispositivos citada pela Accenture. Segundo a consultoria, estes controles poderão ser virtuais, funcionando como um aplicativo para celular e que teria capacidade de gerenciar diversos aparelhos.
Aplicativos também serão úteis para auxiliar na renovação da TV aberta. Colcher cita o aplicativo para iPad da rede ABC, dos Estados Unidos, que sincroniza os conteúdos da TV para o tablet trazendo informações complementares durante as transmissões como dados de um ator, de uma trilha sonora, entre outros.
“Poderemos ver televisores com maior resolução, a tecnologia 3D decolando. Mas para isso a produção e distribuição de conteúdos terá de mudar para garanti-los em múltiplos dispositivos. Hoje, por exemplo, não há nenhuma demonstração em loja para vender as TVs conectadas e isso precisa mudar”, argumentou Colcher.
Uma pesquisa da Accenture realizada com 6,5 mil pessoas em 7 países diferentes (incluindo o Brasil) avaliou o comportamento do consumidor quando se trata de TVs conectadas. Questionados sobre qual serviço mais os atraem quando assiste a TV, a ampla maioria citou a tecnologia Catch Up, que permite navegar pela grade da emissora e assistir a conteúdos passados.
“O Brasil precisa desenvolver melhor sua infraestrutura para capitalizar em cima dessas novas tendências. Tudo girará ao redor da TV e só quem inovar é que irá sobreviver neste mercado futuramente. Esta indústria precisa ser mais globalizada”, disse Colcher.