São Paulo- Um quadro mostra uma flor vermelha pintada em um canto. O observador se aproxima, toca o centro da rosa e, em segundos, surgem borboletas voando na tela. Detalhe: a tela é de papel.

A tecnologia acima é possível e foi desenvolvida na Universidade Keio, no Japão, por Kohei Tsuji e Akira Wakita. Chamada “ polychrome”, ela permite ao papel mudar de cor graças ao uso de uma tinta especial, sensível ao calor, que possui microcápsula de cristal líquido.

Quando alguém toca o papel,  uma folha de cobre colocada atrás do quadro detecta pequenas mudanças na eletricidade. Uma pasta de prata age como eletrodo e uma pasta de carbono aquece a tinta.

Essa função de mostra-esconde permite que as pessoas interajam, por exemplo, com uma obra de arte em uma tela com a textura macia do papel. Em um dos projetos desenvolvidos com a tecnologia, os pesquisadores reproduziram borboletas e mariposas catalogadas por um entomologista alemão entre os séculos 19 e 20. Os desenhos dos animais ficam expostos e ao tocá-los, os visitantes dão cor às asas e veem surgir na tela informações sobre as borboletas. Chamado de Anabiosis, o trabalho foi premiado da feira Sisgraph 2011, em Hong Kong.