1.000 robôsCada vez mais cientistas estão se ocupando em criar robôs que sejam baratos e práticos, viáveis para uso de pesquisadores, educadores, estudantes e entusiastas.
Agora foi a vez da equipe da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apresentar os seus minúsculos Kilobots.
O nome Kilobot expressa o projeto dos cientistas em criar um enxame de 1.000 robôs rapidamente e a baixo custo.
Andar vibrante
Quem vê essas minúsculas maquininhas, apoiadas em quatro "pernas" metálicas, não consegue imaginar sua capacidade de movimentação.
Em vez de complicados mecanismos para movimentar as pernas, Radhika Nagpal e seus colegas adotaram uma solução muito mais simples: as pernas vibram de forma perfeitamente controlada.
O movimento é tão preciso que os Kilobots podem andar sobre linhas, fazer curvas e até girar sobre o próprio eixo.
Durante a demonstração, 25 Kilobots demonstraram suas habilidades de trabalho em conjunto, cumprindo tarefas como siga o líder, controle de formação e sincronização de movimentos.
Uma vez acionados, recebendo as instruções de comando via rádio, os robôs são totalmente autônomos.
Robôs sociais
Inspirados na natureza, os micro-robôs lembram insetos sociais, como formigas e abelhas, que podem localizar fontes de alimentos em ambientes grandes e complexos, transportar grandes objetos coletivamente e coordenar a execução de tarefas complicadas demais para um único robô - como construir uma colmeia ou cupinzeiro.
Mas criar os programas de computador necessários para implementar esse comportamento coletivo em robôs é outro desafio.
A maior dificuldade é que os pesquisadores não conseguem testar seus programas na prática, porque é complicado e caro demais construir e operar uma equipe de robôs - além dos próprios robôs, o palco de operações está longe de ser algo trivial.
Por isso, esses sistemas de inteligência artificial geralmente são testados em simuladores, sem uma garantia real de que eles funcionarão na prática, cujos detalhes dificilmente são inteiramente incluídos nos simuladores.
Robôs polinizadores
Com os Kilobots, um único pesquisador pode monitorar um enxame inteiro de robôs em ação coletiva em cima de uma mesa.
Depois de verificada sua eficiência, o programa pode ser usado para controlar robôs de qualquer tamanho.
Além de operações de busca e salvamento, construir espaçoportos lunares e até casas na Lua, os cientistas acreditam que microrrobôs atuando coletivamente poderão ajudar até mesmo na polinização de plantações, elevando a produtividade da agricultura.