As famílias que foram contatadas descreveram a
experiência como sendo uma "batida de carro em câmera
lenta", deixando-os "golpeados e feridos".
"As redes
sociais estão abrindo feridas -- você não consegue
manter segredos", disse Julia Feast, consultora na
Associação Inglesa para Adoção e Amparo (BAAF, na sigla
em inglês).
De acordo com as leis inglesas, os pais biológicos
não podem acessar os registros de adoção de suas
crianças e frequentemente, antes das redes sociais, era
muito difícil para fazer contato.
Desde 2005, no país, adultos adotados e seus parentes
biológicos têm o direito legal de pedir a uma agência
aprovada para ajudá-los a fazer contato um com outro,
mas isso pode ser rejeitado se houver preocupações após
uma avaliação.
Não se sabe quantos pais biológicos estão utilizando
as redes sociais para isso, mas a BAAF afirmou que está
recebendo "mais e mais casos".
A associação quer que o governo instale um sistema em
que as agências e pais adotivos possam entrar em contato
e dividir duas experiências.
Não são apenas os pais biológicos que estão entrando
em contato. Crianças adotadas, especialmente as que
estão em idade em que começam a sofrer angústia e
começam a ficar rebeldes, estão se conectando.
"Em primeiro lugar, precisamos ser mais abertos e
honestos com as crianças adotadas sobre as razões para
suas adoções e a realidade do abuso e negligência que
sofreram com suas famílias biológicas", disse Jonathan
Pearce, presidente-executivo da associação Adoption UK.