Controle fisiológicoEmbora ainda esteja nos estágios
iniciais de desenvolvimento, o processador químico terá potencial para
mudar totalmente a forma como são controladas as próteses e os implantes
médicos, abrindo possibilidades inteiramente novas para os campos da
biônica e da
biomecatrônica.
Onde hoje existe um circuito eletrônico para disparar uma corrente
elétrica e acionar um nervo, por exemplo, poderá haver a saída de um
transístor químico, por onde poderão sair substâncias químicas
específicas - os íons - de acordo com a função que se deseja ativar nas
células vivas.
"Nós poderemos, por exemplo, enviar sinais para as sinapses, em
pontos onde o sistema de sinalização não esteja mais funcionando por
alguma razão," disse Magnus Berggren, que coordenou o desenvolvimento do
chip químico.
Antes disso, nos próprios laboratórios, os cientistas poderão
estabelecer condições onde os experimentos terão níveis de controle que
não são possíveis hoje, por exemplo, testando a aplicação de um
quimioterápico e, simultaneamente, fármacos adicionais que limitem seus
efeitos colaterais.
Controle de neurotransmissores
Os testes iniciais do chip químico, a exemplo do que já ocorrera com
os transistores iônicos, foram feitos usando o neurotransmissor
acetilcolina.
O chip químico é capaz de controlar a liberação da acetilcolina, por
sua vez controlando células musculares, que são ativadas quando entram
em contato com a substância.
O próximo passo da pesquisa será construir todas as portas lógicas
químicas, de forma a montar um processador químico completo.
Como seu funcionamento deverá ser similar ao dos processadores
eletrônicos, sua fabricação e adoção deverá ser muito mais rápida do que
os chamados "processadores
biológicos".